Da Redação
Duplo desafio, pois a fase da puberdade, por si só, já é um desafio devido às diversas instabilidades próprias desta fase, isso em função de todas as mudanças físicas e psicológicas. O que dirá então para o jovem que sofre por conta de algum tipo de deficiência?
Mas existe uma capacidade, inerente à natureza humana, que pode ser grande aliada de meninos e meninas que enfrentam o problema: chama-se resiliência.
Segundo a psicóloga especializada em crianças e adolescentes Ceres Araujo, professora da PUC em São Paulo, “A resiliência é a capacidade humana de superar situações difíceis da vida, de superar adversidades e de ser fortalecido por elas. É um potencial humano independente da cultura e do tempo. Em função dessa capacidade, o individuo pode transformar as dificuldades em desafios e buscar meios novos para enfrentá-los, continuando seu processo de desenvolvimento de forma adaptada.”
Uma politica de ação social vinculada à capacidade de resiliência pode tornar o caminho desse jovem menos tortuoso.
Dentro dessa perspectiva, o Departamento de Políticas para a Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos (DPCDH) da Prefeitura de Juiz de Fora, promoverá na sexta-feira, 23,uma roda de conversa que terá como tema central a puberdade da pessoa com deficiência (PCD), seus desafios e como se dá esse processo. O evento será realizado na sede do DPCDH, na Rua São Sebastião, 750, Centro, a partir das 14 horas.
Para a estudante Francielle Oliveira, o tema do encontro é pouco discutido: "Esse assunto é bem polêmico ainda, e pode render vários questionamentos. Tem que se falar mais sobre isso, para que, cada vez mais seja ampliada essa discussão, e tudo possa ser mais natural possível." Com isso concorda a gerente do departamento, Thais Altomar, acrescentando que a puberdade, em si, já é desafiadora: "Mudanças no corpo, masturbação, sexualidade. O momento certo para cada conversa. E é ainda mais complexo esse período da vida para a pessoa com deficiência. O assunto é tabu, vamos discutir."
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em tempos de paz, pelo menos 10% das crianças de qualquer país nascem ou desenvolvem alguma deficiência.
Serviço
Encontro: Secretaria de Desenvolvimento Social debate fase de puberdade da pessoa com deficiência e seus desafios
Local: sede do DPCDH, Rua São Sebastião, 750, Centro, Juiz de Fora (MG)
Data: sexta-feira, 23 de fevereiro
Horário: a partir das 14 horas.
Sobre: O DPCDH define e coordena as políticas de promoção e defesa de direitos da pessoa com deficiência no âmbito municipal e articula ações de direitos humanos e cidadania, independente do gênero, etnia ou crença. Atua na defesa e divulgação de direitos, na política municipal de transporte adaptado e benefício “Passe Livre”, na capacitação e qualificação profissional e no intercâmbio com as secretarias municipais, entidades e sociedade civil, bem como na promoção da acessibilidade.