por Marta Relvas
A aprendizagem começa com o processo neuromaturacional (maturidade das conexões neurais) e, portanto, o aprendizado escolar faz parte da evolução normal do ato de aprender.
O avanço dos estudos da Neurociência aplicada escolar é de suma importância para o entendimento das *funções corticais superiores envolvidas no processo da aprendizagem.
Sabe-se que o indivíduo aprende por meio de modificações funcionais do Sistema Nervoso Central, principalmente nas áreas da linguagem, das gnosias (conhecimento da linguagem), das praxias (movimentos), da atenção e da memória, e, para que o processo de aprendizagem se estabeleça corretamente, é necessário que as interligações entre as diversas áreas corticais e outros níveis sejam integradas efetivamente.
Na escola, muitas vezes, a criança, o adolescente e o adulto são discriminados e emocionalmente agredidos, pois não apresentam o desempenho escolar esperado. No entanto, o responsável por tal situação pode estar no ambiente que o envolve, e em outras situações também, como as dificuldades socioeconômicas e afetivoculturais que podem interferir no ato de aprender, independentemente da vontade do aprendente.
As equipes multidisciplinares e interdisciplinares só têm sucesso quando agem de forma integrada com a família e a escola a fim de otimizar resultados e focar o melhor desempenho da aprendizagem. É importante compreender que a dificuldade de aprender não é uma situação isolada e que, muitas vezes, são necessários uma avaliação e um diagnóstico de especialistas para o tratamento das desordens do aprender.
É fundamental perceber que tal processo é sinalizado e, por isso, torna-se imprescindível o conhecimento do professor com o objetivo de detectar os sinais que frequentemente são manifestados em sala de aula.
* Funções corticais superiores, funções de aprendizagem, atenção, linguagem e memória.