por Luiz Alberto Py
A felicidade existe, apenas não é como a gente habitualmente imagina.
Podemos imaginar como ficaria feliz uma pessoa cega e paralítica ao acordar em uma bela manhã e descobrir que está curada – pode ver e andar normalmente. Porém, nós que enxergamos e andamos sem problemas não ficamos felizes ao constatar, pela manhã, que continuamos com saúde.
Penso que a felicidade não depende do que temos ou deixamos de ter – o dom da visão e a capacidade de locomoção – mas do que fazemos com o que possuímos. O que importa não é enxergar e ser capaz de andar, mas as coisas que percebemos e de que nos aproximamos e como as apreciamos. Somos felizes quando valorizamos o que temos em vez de sofrer com o que não temos. A felicidade está ao alcance das pessoas que possuem deficiências. Cegos ou paralíticos podem ser felizes.
Quando nos conscientizamos do valor da vida, percebemos que mais importante do que as coisas que conseguimos, ou do que nosso fracasso em obtê-las, é usufruir os momentos que temos para viver, dando preferência a saborear as alegrias e os prazeres contidos nos acontecimentos diários, deixando de lado, o mais possível, os sofrimentos que não podemos evitar. Um dos elementos da felicidade é a gratidão. Ser feliz é uma forma de agradecer a todos os que nos fizeram algum bem. A gratidão nos faz melhores e mais felizes.