Ficar amigo do ex após terminar namoro: dá certo?

Dá para ficar amigo(a) do(a) ex? Algumas vezes, precisamos nos desligar ou nos afastar das pessoas que encerram o relacionamento amoroso; entenda por quê

E-mail enviado por um leitor:

“Terminei de forma amistosa o meu namoro. Mas ainda gosto dela. Só que ela me propôs ficarmos amigos. Na hora, achei que era melhor não… pois penso que isso só seria saudável se os dois não tivessem mais nenhum interesse amoroso. Um amigo meu me disse que fui meio infantil e que deveria ter topado. Agora fiquei meio perdido. O que você me aconselha? Você pode me ajudar?”

Resposta: Caro leitor, penso que a melhor escolha nessa situação, é a que você se sinta mais confortável. Se você acha que nesse momento, você não consegue ter uma relação de amizade com ela, então mantenha-se na sua decisão.

Algumas vezes, precisamos nos desligar ou nos afastar das pessoas que encerram o relacionamento amoroso; é uma maneira de você vivenciar o luto do término, sem muita confusão.

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Ficar amigo do ex

Qualquer passo que a sua ex possa dar, pode te levantar falsas esperanças e assim dificultar o seu processo de luto. Além do mais, se você ainda a ama, fica difícil ser amigo numa situação como essa.

Eu não sei como você desenvolve suas relações de amizade com outras pessoas, mas normalmente, os amigos dão palpites e conselhos amorosos, e talvez se ela solicitar que você dê a sua opinião, como “amigo”, numa situação amorosa que ela possa vir a passar; além de se machucar, ainda pode não ser tão honesto com ela.

Indiferente de como foi o término, é importante que nesse momento você pense em você, e se as pessoas te avaliarem como imaturo ou algo assim, pense que pensar na sua saúde mental ou sua “saúde relacional” é uma atitude madura, porque você tem a capacidade de reconhecer suas limitações, e assim refletir melhor sobres os seus sentimentos sem se machucar ou machucar outra pessoa.

Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.

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Psicóloga Clínica, Psicodramatista pela Associação Brasileira de Psicodrama e Sociodrama (ABPS), cursando nível II e III na Sociedade Paulista de Psicodrama e Sociodrama (SOPSP) e Terapia de Casal no Instituto J L Moreno. Pesquisadora no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas FMUSP no PRO AMITI no setor de Amor Patológico e Ciúme Excessivo. Vice-presidenta da Associação Viver Bem