por Eduardo Yabusaki
As DRs têm sido usadas de modo muito simplista: toda divergência vira motivo para discutir a relação. Assim a DR é associada à briga, discussão, desgaste e clima ruim.
Atualmente estimula-se nos relacionamentos a preservação da individualidade das partes em detrimento do casal, o que em princípio é totalmente contra a boa convivência e o entendimento entre o par. Assim, é importante avaliar se os parceiros usam a DR a favor ou contra o relacionamento.
Discutir a relação acabou sendo muito associado a falar de diferenças, pois envolve conceitos, valores e comportamentos que sempre fizeram parte de ambos; e que nem sempre estão tão dispostos a rever, quanto menos mudar. Portanto as DRs devem ocorrer se realmente forem necessárias, e não só pra resolver problemas, mas também para expor e avaliar sonhos, desejos, interesses comuns… Enfim, falar de motivações para ambos.
As DRs não devem ser temidas, mas reconhecidas como fundamentais para uma boa convivência e consequentemente evolução do relacionamento.
Não existe uma fórmula X ou Y para conduzir uma DR e cada par terá que encontrar o seu jeito de vivenciá-la.
Seguem algumas dicas para o casal não estressar além do necessário, já que a situação pode ser naturalmente difícil. Afinal, ninguém gosta de reconhecer falhas ou mesmo ouvir do outro suas imperfeições.
Sete dicas para conduzir uma DR:
1ª) Não estresse por qualquer coisa, entenda que num relacionamento a dois, ambos estão certos ou têm razão, afinal cada um tem o seu jeito.
2ª) Ajustes são sempre necessários na vida do casal. É preciso que haja espaço constante para mudanças.
3ª) Individualidade é sempre importante, mas se o RELACIONAMENTO é uma escolha, ela (individualidade) não deve jamais predominar sobre ele (RELACIONAMENTO).
4ª) Não tenham uma DR num momento de destempero, estresse ou explosão. Procurem sempre um clima mais favorável, de tranquilidade e serenidade para poderem falar tudo que queiram e, principalmente, ouvir o que o outro tem para expor.
5ª) Procurem associar a DR também a situações importantes e prazerosas como: viagens que gostariam de fazer, passeios, expectativas em relação à vida e ao relacionamento…
6ª) DR deve conduzir a um resultado, ou seja, é essencial que tenham um plano palpável decidido pelo casal de forma consensual, como por exemplo: (Ele) Vou me esforçar em ser mais carinhoso, (Ela) Vou me esforçar em não ficar de cara fechada.
7ª) Não tenham receio ou medo de uma DR, mas sim, a torne uma aliada e um recurso positivo para lidar com problemas e coisas boas do relacionamento!