por Simone Sarti
É comum as pessoas confundirem aumento de peso com aumento de gordura corporal. Nosso peso na balança é: ossos, órgãos, pele, água, gordura e músculos. Com o início de um programa de exercícios, é comum o peso na balança aumentar um pouco, pois o ganho de massa muscular contribui para a elevação do peso, mas isso não quer dizer que você engordou.
O músculo é mais denso e portanto mais pesado que a gordura. Pode acontecer então de duas pessoas com 70 quilos serem classificadas uma como magra e outra como gorda, ou seja, com mais quantidade de gordura corporal.
As gorduras ficam armazenadas em vários locais do corpo. Parte sob a pele, que é vista como os 'pneuzinhos' e dobras; parte dentro da cavidade abdominal, sobre os órgãos. Essa gordura que se encontra dentro da cavidade abdominal é a que oferece mais riscos ao organismo, provocando, por exemplo, a hipertensão, diabetes, aumento do colesterol no sangue e outras doenças.
Esses problemas podem aparecer nas pessoas aparentemente magras, ou as que chamamos 'falsas-magras'. O índice de massa corporal (IMC) que é atualmente utilizado como padrão internacional para classificação de sobrepeso e obesidade, emprega apenas os valores de peso e altura, portanto, não reflete, a exatamente a composição corporal (que é a massa magra + massa gorda) do individuo.
Uma pesquisa feita pelo Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte da UNIFESP, concluiu que indivíduos de uma mesma população classificados como eutróficos (classificação normal pelo IMC) apresentavam alto índice de gordura em sua composição corporal. Portanto, torna-se importante, associar ao cálculo do IMC, uma avaliação da composição corporal para se determinar o percentual de gordura corporal que é a porcentagem de gordura que seu corpo tem.
Ninguém pode ter zero de gordura, pois além de fonte de energia para exercícios de longa duração, ela cumpre outras funções como manter a temperatura do corpo, proteger órgãos vitais, transportar vitaminas, etc.
Existem vários métodos para se determinar essa porcentagem de gordura, hoje em dia o melhor deles está sendo a densitometria (o mesmo usado para avaliar a densidade óssea), porém é um método caro por exigir tempo e aparelhagem sofisticada. O método mais acessível é a medição da espessura das dobras cutâneas, que normalmente é feita durante uma avaliação física, antes de se iniciar um programa de exercícios, pelo professor de educação física, com essa especialização.
É necessário seguir os protocolos de avaliação o que exige técnica apurada. Fazendo o teste você fica sabendo o seu percentual de gordura, e como está a sua classificação. Confira, também, como achar o seu índice de massa corporal (ver tabelas) e saiba que caso você esteja fora dos parâmetros saudáveis, é uma alimentação balanceada e exercícios físicos adequados que irão lhe garantir uma melhora na sua saúde.
Calcule o seu IMC – Índice de Massa Corporal
O índice de massa corporal é o seu peso dividido pela sua altura ao quadrado
IMC = Peso/altura X altura
Ex: Uma pessoa com 70 kg e com 1,70 de altura
IMC = 70/1,70 x 1,70
1,70 X 1,70 = 2,89
70 dividido por 2,89 = 24,2 portanto o IMC = 24,2
TABELA IMC – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE
Quanto à classificação do peso
Baixo Menor que 18, 5
Aceitável ou ideal De 18,5 a 24,9
Obesidade leve De 25,0 a 29,9
Obesidade moderada De 30,0 a 39,9
Obesidade severa Maior ou igual 40, 0