Gente do bem e do mal: essa diferença realmente existe?

Por Patrícia Gebrim

Não existe algo como pessoas do bem e pessoas do mal. O que existe é "falta de consciência". Qualquer pessoa pode dar passagem ao mal, quando esquece quem de verdade é. Embora existam sim aqueles que se identificam mais com a escuridão que os habita, muitas vezes o mal é praticado por pessoas que não têm essa identificação.

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Ouçam…
 
Quando somos tomados por nossas emoções, nos tornamos servos de forças da escuridão, ancoradas numa crença distorcida, que abre as portas para o mal. Essa crença é a crença na separatividade.

Toda vez que esquecemos que o outro é parte de nós, nos tornamos vulneráveis a essas forças escuras que nos habitam. Digo isso tudo, não para que vocês se sintam mal, mas para que paremos de achar que nós somos os "bonzinhos" e que "o outro" é quem é mau.

Toda vez que observamos alguém agindo a partir da separatividade, ferindo ou prejudicando alguém, devemos nos lembrar de duas coisas.

A primeira… Muitas vezes somos nós a fazer esse papel, talvez sem nem mesmo perceber. Todos nós já agimos de forma desrespeitosa com o outro, com a vida… Já demos passagem ao mal. Então, sejamos compassivos.

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E em segundo lugar, aquele outro, seja quem for, mesmo um assassino, mesmo alguém muito perdido… Aquele "outro" é parte de você, o que significa que aquela distorção precisa ser "curada", e não "rejeitada", expulsa.

Precisamos encontrar maneiras de ultrapassar as barreiras do julgamento, do medo, do ódio. Precisamos abraçar, dentro de nós, em aceitação, cada parte nossa, por mais feia que nos pareça, e reintegrá-la à nossa consciência. (Entenda, isso acontece "dentro" em primeiro lugar… Não estou sugerindo que saia por aí se colocando em risco.) Quando o "dentro" muda, o "fora" se transforma.

Só assim nos tornaremos novamente inteiros. Sintam isso: "O retorno à Unidade é o único caminho para a cura".

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