Por Marta Relvas
A Neurociência e o desvendar dos estudos dos cérebros na sala de aula podem, e muito, contribuir para uma educação mais justa e menos excludente, pois assim, o educador tem a possibilidade de compreender melhor como ensinar, já que existem diferentes maneiras de se aprender.
Uma dica importante: os conhecimentos são construídos por meio da ação e da interação.
Aprendemos quando nos envolvemos ativamente no processo de produção de conhecimento, por meio da mobilização de atividades mentais e na interação com o outro. A emoção, em suas diferentes manifestações, moldade e associada à razão, deve ser usada em favor da aprendizagem, pois o emocional e o racional fazem parte de uma mesma realidade – o desenvolvimento e o crescimento do ser humano
É fundamental destacar que o vínculo afetivo, que se estabelece entre o professor e o aluno, deve ter um caráter libertador e de confiança no cotidiano, com vista à aprendizagem significativa e, ainda, para combater o preconceito e os rótulos comuns presentes no ambiente escolar.
Em particular, o estudante aos poucos vai desenvolvendo sua identidade e, dessa forma, percebe-se diferente dos outros. Nesse processo, inicia uma caminhada em busca de integrar-se com os outros sujeitos com que convive. E a autoestima desempenha papel fundamental, pois o mais importante é aprender a aceitar-se com suas capacidades, limitações e potencialidades.
Contemporaneamente, a afetividade é vista como um processo interacional entre os aspectos orgânicos e sociais, que permite ao ser humano afetar e ser afetado pelos acontecimentos. Entretanto, na atualidade, diversos pensadores relacionam e ressaltam a importância da afetividade no processo de desenvolvimentos e aprendizagem do indivíduo.
Em vista dessa análise pode-se afirmar que o aprendizado é, quase sempre, facilitado quando o individuo encontra-se bem emocionalmente e efetivamente ligado a quem o ensina.
Atualmente, estudos e pesquisas evidenciam que corpo, emoção e razão são indivisíveis e não se separam mantendo-se integrados numa visão holística. O termo holismo tem origem no radical grego “Holos” que significa TODO. Na concepção holística, que otimiza a visão integrada do ser humano, devemos considerar a pessoa com ser indivisível e completo.
Assim, pode-se afirmar que a literatura declara que só existe aprendizagem onde há afetividade e a inteligência é modificada pelo sistema límbico (aspectos afetivo-emocionais da aprendizagem), associando-se a várias outras funções (a perceptivo motora e a cognitiva, por exemplo) e também é percebida em diferentes regiões do cérebro.
Portanto, a importância das emoções e o fortalecimento da afetividade na relação entre professor e aluno para que esse vínculo possa estimular o desenvolvimento integral e a melhora da autoestima.
Quando a afetividade está presente, professor e aluno sentem-se mais seguros, tornando as interações e a convivência em sala de aula mais agradável.
Feliz ano letivo!