Imunologia afetiva: já ouviu falar?

Neste momento de pandemia é muito importante falar em imunidade. Estudos científicos realizados nas últimas décadas forneceram evidência suficiente de semelhanças e sobreposições entre as respostas imunes e emocionais.

Sentiu uma emoção? Esta vai afetar o seu sistema de defesa, seja essa emoção boa ou ruim.

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A maioria dos seres vivos usa os dois sistemas – emocional e imunológico – para se ajustar dinamicamente às condições em constante mudança do ambiente. Ambos os sistemas podem ser protetores para o corpo, se mantidos sob controle, ou prejudicial quando estes estão ‘desarrumados’. Parafraseando: “se você tem um problema e está nervoso, você tem dois problemas”.

Estamos vivendo uma pandemia mundial, por conta do novo coronavírus, extremamente infectante. Não é hora de ficar nervoso, pois esse tipo de emoção afeta negativamente o sistema imunológico. E é só com ele que podemos contar neste momento.

Imunologia afetiva

A imunologia afetiva é uma estrutura de pesquisa baseada em duas premissas fundamentais:

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1ª- Os sistemas imunológico e emocional se espelham

2ª- As respostas imunológicas e emocionais são dinâmicas e em constante mudança.

A primeira suposição baseia-se em um grande conjunto de evidências clínicas e experimentais que mostram uma incidência aumentada de distúrbios em pacientes com doenças imunológicas e uma suscetibilidade aumentada a doenças imunológicas em pacientes que sofrem de transtornos mentais.

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O segundo pressuposto é baseado em ideias novas e emergentes que tanto os sistemas emocional e imunológico são altamente “plásticos”. O termo plasticidade tem sido usado para indicar a capacidade de alterar e ajustar continuamente, dependendo de fatores externos ou condições de vida.

O fato é que já há comprovação sobre três terapias extremamente simples na regulação desses dois sistemas:

Ioga

O ioga, diminui a liberação de cortisol (‘hormônio do estresse’), o risco de desastre cardíaco em idosos e a formação de interleucina-6 (IL-6), que atua como uma citocina (proteína) pró-inflamatória. Além disso, aumenta a produção de Betas- endorfinas.

Meditação

Aumenta IL-10, que é uma citocina antiinflamatória. Também aumenta os níveis de epinefrina, hormônio também conhecido como adrenalina. E diminui os indesejáveis IL-6, IL-8 (que estimula o metabolismo oxidativo) e TNF alfa, que é um outro fator inflamatório

Musicoterapia

Diminui Corticosterois, IL-2, e IFN gama, aumenta IL4, 10 e CD4 e CD 25, células reguladoras do sistema imunológico.

Conclusão

Vamos rezar, meditar, respirar e ouvir música qualificada para ajudar nosso sistema de defesa a passar dessa provação planetária.