Por Marta Relvas
O cérebro humano admira um ambiente caracterizado pela relações e informações que conseguem provocar estímulos harmôrnicos e estéticos. Uma escola pode ser pensada como um local ideal para potencializar e oferecer a possibidade para esses estímulos.
O cérebro humano por meio do seu desevolvimento nas áreas parietais, tem a capacidade de se organizar para novas conexões neurais ao receber estímulos que permeiam pela multissensorialidade, o que significa dizer que apreende e aprende pela riqueza das experiências sensoriais, investigações e descobertas usando o corpo integralmente por meio da propicepção.
Sem dúvida que a qualidade do espaço é o resultado de muitos fatores, pois, influencia as formas, a organização funcional, as percepções sensoriais, como por exemplo a luz, a cor, a sombra, o som. Portanto, um ambiente deve ser visto como um espaço multissensorial, não apenas por ser rico em estímulos, mas um ambiente multifacetado de possibilidades de valores sensoriais para despertar a consciência dos indívíduos pertencentes a um determinado espaço. Por esse motivo, o cérebro e a mente humana, tornam-se disponíveis para o aprendizado.
Estudos neurobiológicos têm demonstrado que as crianças nascem com uma capacidade genética que lhes permite explorar e interpretar a realidade por meio dos seus sentidos biológicos. A funcionalidade sensorial pode favorecer a ação do protagonismo na construtividade do conhecimento no cérebro durante a infância, possibilitando a repetição e a formação da memória individual e ou coletiva. Portanto, as escolas, devem ser capazes de construir possibilidades sensoriais para fomentar as percepções a fim de desenvolver e refinar o aprendizado, com estímulos de qualidade.
A escola ideal é aquela que o espaço possa vir a ser transformável, personalizado, flexível, aberto a novas marcas pessoais a fim de construir uma identidade própria e humana. É um caminho que possibilita diferentes maneiras de ser ocupado e utilizado no decorrer dos tempos.
A individualidade do cérebro humano permite a repetição para adquirir e assimilar novos aprendizados. É o próprio indivíduo no processo da aprendizagem quem, ao interagir com a realidade do espaço, constrói e descontrói, faz transformações e cria conexões em teia entre os objetos e a possibilidade de criação. O cérebro humano desempenha uma função dinâmica e realiza uma função organizacional na cognição, sendo que o processo da aprendizagem, parte do desejo individual, e a capacidade de repetição, torna-se um exercício importante para aquisição de novos conhecimentos.