por Arlete Gavranic
Muito se fala sobre ter tesão, fazer sexo, ter orgasmos (e múltiplos!), ser sexualmente liberada. Mas aprender a viver os prazeres corporais desencadeia muitas questões: onde encontrar pontos ou áreas prazerosas no corpo? Existe mesmo o ponto G? Onde fica?
Essas perguntas são trazidas por pessoas de todas as idades: adolescentes que iniciam sua vida sexual, adultos desejosos de potencializar o prazer e quem está em idade avançada querendo reavivá-lo.
Muitas são as áreas corporais conhecidas como zonas erógenas, são partes do corpo que apresentam uma sensação extra de prazer.
Nas mulheres, em geral, essas áreas estão:
– nos seios, barriga, parte interna das coxas, na área que circunda a vagina e no clitóris.
Muitas mulheres também elegem a nuca como área de prazer embora a maioria não goste que parceiros se aproximem das orelhas.
Em relação ao ponto G, o ginecologista Ernest Grafenberg (1881-1957) descreveu um ponto de maior sensibilidade dentro da vagina que seria incitador de um prazer intenso. Há divergências quanto à existência desse ponto existir em todas as mulheres. Esse ponto estaria localizado em uma pequena área acessível uns quatro centímetros para dentro da vagina. Como muitas mulheres não conseguem identificá-lo, isso faz com que muitos médicos e sexólogos não coloquem esse ponto G (de Grafenberg) como uma área certeira do prazer da mulher.
Nos homens existe uma ‘aprendizagem’ que foca mais nas sensações que vêm da região genital:
– no pênis, na glande – cabeça do pênis, e nos testículos, embora a região de períneo (trecho entre a bolsa escrotal e o ânus) tenha alta sensibilidade.
Muitos homens têm dificuldade de relaxar e aproveitar o prazer que pode ocorrer com carícias nessa região, pois muitos acreditam – erroneamente que o fato de ser uma região próxima ao ânus, possa trazer uma impressão de pouca masculinidade ou de desejos homossexuais.
Mas além dessas áreas corporais, homens e mulheres quando se permitem em uma relação de intimidade viver e desfrutar de carícias, toques, brincar com posições novas, lugares diferentes, sensações – seja uso de uma pluma, um gelo, um creme que aquece, outro que resfria (esses de gel com mentol), sem roteiro a ser seguido, para não correr o risco de uma rotina sexual; esse tipo de descoberta é o que permite que o prazer da excitabilidade esteja sempre presente.
Receita de prazer sempre inclui bom humor, reservatório de mágoas o mais esvaziado possível, autoestima para soltar o corpo em poses ou sensações sem medo ou vergonha do parceiro, e claro, a cumplicidade que a intimidade pode ajudar a criar sempre auxilia a intensificar o prazer!