por Margareth dos Reis
"Eu e minha namorada estamos juntos há dois anos. De uns meses para cá, tive a ideia de deixar nossa relação mais apimentada: propus o ménage com uma mulher. A princípio, ela não gostou da ideia, mas de uns dias para cá, ela repensou no assunto e vai me ajudar a realizar minha fantasia. Porém, a outra mulher no caso seria uma amiga nossa, que inclusive já saímos algumas vezes juntos. Porém, minha parceira pensou que com amigas ela não faria isso, poderia ser com uma desconhecida, mas a convenci de fazer com nossa amiga. Mas minha namorada é muito ciumenta. Ela me disse que esse fato talvez fosse um empecilho na hora "h", ou ela poderia dar para trás no momento. Ela ficou me imaginando beijando nossa amiga, acariciando… e por fim transando com ela."
Resposta: Você propôs à sua namorada apimentar a relação íntima de vocês dois incluindo uma terceira pessoa, no caso uma mulher. De cara ela não gostou da ideia, mas em seguida topou te ajudar a realizar essa fantasia.
Pelo visto, você sugeriu que essa outra mulher no envolvimento de vocês fosse alguém que vocês conhecem e consideram uma amiga. Desta vez, sua namorada não ficou nem um pouco à vontade com a sua proposta e ela expôs os desdobramentos negativos que essa situação poderá trazer para ela.
Além disso, você admite que sua namorada é ciumenta! Pelo jeito você está com dificuldade de envolver a sua namorada como parceira na sua fantasia. Ou seja, essa fantasia que nem era dela no início requer uma consideração dos sentimentos dela até vocês dois se sentirem confortáveis para experimentá-la na prática. Isso do ponto de vista do casal. Ainda existe a terceira pessoa, que tem que topar e se sentir confortável também nesse arranjo íntimo do casal. Estamos falando, então, de um procedimento que pode não se sustentar satisfatoriamente para todos os envolvidos apenas pela insistência de um lado para que aconteça tudo do seu jeito.
Mesmo com toda atenção nos detalhes que podem favorecer ou não uma fantasia erótica mais ousada, ninguém pode prever todas as possíveis consequências.
Porém, uma coisa é certa: se o casal estiver alinhado nesse processo, sem que o idealizador da ousadia erótica fique fixado mais na sua fantasia do que na realidade que a cerca, a chance de se chegar a um consenso sobre essa prática com mais maturidade, aumenta. Isto é, ambos devem ponderar juntos todas as frentes que são capazes de "bancar" emocionalmente em suas decisões para poderem assumir todas as implicações futuras com espírito de cumplicidade.