por Joel Rennó Jr.
Resposta: As pessoas costumam associar depressão à menopausa. É bom frisar que a menopausa é um diagnóstico retrospectivo, a mulher tem que ficar 12 meses sem menstruar, ocorrendo por volta dos 50-52 anos de idade.
Na menopausa, há uma falência ovariana total, os ovários não fabricam mais os hormônios estrógeno e progesterona.
Porém, os estudos atuais demonstram não haver aumento da prevalência ou incidência da depressão no período após a menopausa.
Já o período da perimenopausa, que se inicia cerca de cinco anos antes da menopausa e vai até um ano após, é o mais importante para a ocorrência de depressão.
Sintomas da perimenopausa
Tal período é caracterizado por uma intensa flutuação dos hormônios femininos, por sintomas físicos (como as ondas de calor ou fogachos) e por sintomas psíquicos (humor depressivo, irritabilidade, insônia).
Na atualidade, a medicina sabe que há subgrupos de mulheres que são mais sensíveis a essas oscilações hormonais da perimenopausa. Tais oscilações funcionam como "gatilhos" para episódios depressivos na perimenopausa.
Trabalho da Universidade de Harvard (EUA), demonstrou que a perimenopausa, por si só, aumenta em cerca de duas vezes a chance de depressão, independente da presença de outros fatores.
Nunca devemos nos esquecer que fatores psicológicos e sociais, com mudanças de papéis coincidentes com o período, também podem contribuir.
O tratamento da depressão pode envolver, dependendo de cada caso clinico analisado individualmente, desde o uso de antidepressivos e hormônios até a psicoterapia.
Atenção!
Esse texto e esta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um médico psiquiatra e não se caracterizam como sendo um atendimento.