por Rosemeire Zago
Maio! Mês das noivas, dos sonhos, das realizações. Expectativa de um casamento duradouro e perfeito. Igreja marcada, buffet contratado, lista de presentes na loja, dia da noiva agendado, roupas prontas. Enfim, todos os rituais estão aguardando vocês para o grande dia.
Outros ainda, preferem fazer algo mais informal, sem igrejas ou festas. Não importa como será comemorada a união, o importante mesmo é que aconteça e que seja regada a muita alegria e felicidade. Mas nesse momento pode vir aquele medo… Será que vai dar certo?
O primeiro passo para um casamento dar certo, começa antes mesmo do namoro. Muitos esperam seus príncipes (ou princesas) encantados (as), sempre sonhando com o casamento sendo um mar de rosas, sem problemas ou dificuldades. Idealizam tudo e todos, e por isso podem colocar tudo a perder, pois estão sempre distantes de uma realidade nem sempre tão mágica, pois a realidade é dura, não há fórmulas nem meios capazes de garantir, antes do casamento, que ele dará certo.
Mas o importante é saber que uma vida a dois exige muito mais que o desejo de dividirem o mesmo teto e a mesma cama. Um requisito é fundamental para um casamento dar certo: é preciso duas pessoas maduras e que saibam o que querem.
Amor, paixão, desejo, atração, não são apenas essas a essência da vida a dois. Embora o amor romântico é pré-requisito para casar, há outros fatores que fazem ele durar. Em qualquer relação é importante a ternura, a intimidade, a confiança, a cumplicidade e a reciprocidade, enfim, cultivar a amizade sempre. Trocar para que ambos cresçam, exige que cada um se conheça, ame a si próprio, saiba dosar entre a liberdade e a simbiose, entre o dar e receber, ajustando constantemente as evoluções.
Unir-se a outra pessoa não é só estar a seu lado, é compartilhar, permitindo que cada um participe do desenvolvimento pessoal e profissional do outro, sem competições. Também não podemos permitir que os problemas individuais sejam jogados no outro e culpá-lo quando não conseguimos resolver, esperando que o outro realize todas as nossas fantasias e supra todas as nossas carências. Mas isso só se torna possível com o diálogo. É quando entra o respeito e principalmente a confiança e a cumplicidade de se abrir com o outro, sem jogos ou máscaras, mas simplesmente sendo você.
O companheirismo é outro fator fundamental, o que não implica fazer tudo juntos, mas sim saber respeitar as diferenças, e também, ceder quando necessário. Isso tudo faz parte de um processo de amadurecimento de cada um e da própria relação.
O começo do casamento sempre tende a ser maravilhoso, mas depois do sonho realizado, da lua-de-mel inesquecível, surgem as contas sobre a mesa para serem pagas, a louça suja, a empregada que faltou, e tudo isso nos chama para uma realidade que mostra que o tempo pode desgastar o que antes era tão gostoso. Só vai depender de cada um não deixar que a rotina tome conta, lembrando que cada um tem suas limitações e que ninguém é perfeito.
É preciso que fiquem atentos aos objetivos em comum e também aos individuais, pois é importante se dar, mas sem se perder. Procure não deixar de fazer aquilo que gosta. Algumas situações podem pegar o casal de surpresa, seja qual for o motivo, é preciso entender o momento do outro, saber ceder, ouvir, levando em consideração suas emoções, sua fragilidade, suas inseguranças, levando em conta o histórico de vida de cada um que pode refletir diretamente na relação, demonstrando a verdadeira amizade e apontar uma luz no fim do túnel, oferecendo colo e acima de tudo, compreensão.
Não deixem nunca de fazer tudo aquilo que um dia foi motivo de conquista, seja um telefonema no meio do dia só para dizer que sentiu saudades, um buquê de flores, um jantar só a dois, um elogio, ou ainda, um bilhete ao lado da xícara do café da manhã dizendo: "amo você". Dar continuidade as "pequenas grandes" coisas que um dia conquistaram o outro, a demonstração incansável de afeto e de carinho, a troca de olhares cúmplices, é que vai manter a união de vocês recheada de alegrias, risadas, beijos, abraços, amassos, e é claro, muito, muito amor!