por Margareth dos Reis
"Tenho um problemão na minha vida conjugal: meu marido me revelou que é viciado em masturbação. Sendo assim, passamos meses sem fazer amor. Isso está acabando com a minha autoestima e o meu desejo sexual por ele. Estou infeliz e agora aflora a dúvida se devo levar esse relacionamento à frente. Isso faz mais ou menos uns oito anos. Já fiz analise por causa disso"
Resposta: Tudo que se torna vício pode ter consequências indesejáveis na vida da pessoa e de outras que estão à sua volta.
Vejamos melhor. A masturbação em si é um comportamento normal em qualquer idade, contanto que a pessoa consiga exercer controle sobre essa prática, e não o contrário. Quando a masturbação deixa de ser alternativa de prazer, isso precisa ser reconhecido como um problema.
Causas da masturbação em excesso
Podemos citar algumas situações que contribuem para a exacerbação da atividade masturbatória:
1ª) Nível de desejo sexual insaciável;
2ª) Necessidade incontrolável de descarregar as tensões de toda natureza nessa prática;
3ª) Dificuldade significativa para se envolver intimamente com a outra pessoa da relação;
4ª) Presença de fantasias sexuais não convencionais intensas e recorrentes;
5ª) Clima a dois pouco estimulante.
A vivência da autogratificação sexual, bem como de qualquer outra prática sexual satisfatória, deve respeitar certos limites. Você diz já ter feito análise por causa disso. Também diz sentir dúvida sobre a continuidade do relacionamento conjugal. Mas e o seu marido? Não seria o caso de aproveitar que ele revelou o que está acontecendo com a sexualidade dele, para você propor uma terapia de casal?
Vale a pena buscar um profissional especializado que faça um diagnóstico preciso da situação do casal e proponha um tratamento adequado para o caso de vocês. O tratamento tem que ser de acordo com um diagnóstico preciso desse casal, cuja avaliação considere cada um individualmente e o potencial da relação a dois para ter continuidade.