por Rosemeire Zago
"Como lidar com uma colega invejosa. Tudo que a gente anuncia que vai comprar ela dá um jeito de comprar antes e, se fizermos a compra primeiro, ela se chatea e desaparece. Dias depois ela reaparece anunciando que também comprou."
Resposta: A inveja é um sentimento de inferioridade, fruto da comparação feita entre duas pessoas em algum aspecto específico: nas posses materiais, na casa, no carro, na roupa, no companheiro, no dinheiro ou nas suas qualidades psicológicas, morais, físicas, sociais ou espirituais. A inveja é a incapacidade de ver a luz das outras pessoas, a alegria, o brilho, a luminosidade de alguém, seja em que aspecto for, porque na verdade, não se percebe ter essa mesma luz.
O que há de negativo na inveja é a rejeição da própria incapacidade de acreditar em ser capaz de também conseguir. Na verdade o invejoso por não se sentir capaz de conseguir o que quer que seja, procura desvalorizar o que o outro consegue, apesar de que nesse caso parece que a pessoa não busca destruir ou desvalorizar suas conquistas, mas sim obter as mesmas coisas que você obtém.
Nem sempre a pessoa que sente inveja tem consciência de suas atitudes. Conversar sobre o assunto depende do tipo de vínculo e intimidade que você tem com essa pessoa. O mais indicado é não se expor dando informações, que poderão servir posteriormente contra você mesma. Se você sabe que essa pessoa age dessa maneira, será que deve continuar contando sobre suas conquistas?
Sou muito inseguro na minha relação
Tenho um relacionamento onde a pessoa me prova a todo momento que me ama, mas mesmo assim a minha insegurança é muito grande, bem como o medo de ser traído
Resposta: A pessoa insegura não acredita em seu valor pessoal, criando muito sofrimento para si e muitos conflitos nos relacionamentos, pois tende a controlar e vigiar em razão das dúvidas que tem sobre si mesma.
Procure analisar se sua insegurança está relacionada a alguma situação do passado, pois geralmente a insegurança pode ser reflexo do histórico de vida e que se mostra mais na relação afetiva. Por exemplo, se quando criança não obteve segurança de seu valor através do amor recebido dos pais, poderá se tornar uma pessoa com dificuldades em acreditar em si. Ou ainda, pode ser que tenha vivenciado alguma traição em relacionamentos anteriores ou presenciado alguma traição por parte de seus pais. Caso isso tenha ocorrido, há sempre a dúvida e o medo constante, evitando a todo custo evitar sentir novamente essa dor. E sente constantemente que toda e qualquer pessoa será melhor que ela, o que poderá se potencializar na relação afetiva, tendo muito medo que a qualquer momento possa perder a pessoa amada. O que pode vir a acontecer pelo excesso de ciúmes e necessidade de ter o controle sobre o outro em todos seus passos e sentimentos, tornando a relação efetivamente doente, num círculo vicioso: por medo de perder acaba perdendo.
Independente dos motivos que originaram sua insegurança e seu medo em ser traído, reflita sobre o que é fantasia, imaginação e o que é realidade. Como nosso inconsciente não distingue realidade de fantasia pode ser que suas reações sejam apenas reflexo de seu medo que acaba por se tornar real. O medo deve ser sempre confrontado e controlado, do contrário ele se torna cada vez mais forte. O mais indicado para que aprenda a reconhecer seu próprio valor e elevar sua autoconfiança é a psicoterapia.
Aos 33 anos soube que era adotada. Meu mundo desabou… quase enloqueci
Tenho um complexo enorme de inferioridade, pelo fato de ser sido abandonada. Então penso: se minha mãe não me quis… quem irá gostar de mim? E aos 40 anos não consigo aprender a me amar e esse complexo se tornou um fantasma em todas as áreas de minha vida
Resposta: Seu sentimento é totalmente compreensível diante da situação. Antes de saber que foi adotada você também sentia esse complexo de inferioridade? Pois muitas vezes, mesmo não tendo o conhecimento do fato, é possível que o inconsciente tehna enviado sinais. O importante é que você teve conhecimento da verdade, pois todos nós temos esse direito. Do contrário poderia vir a sensação de ter sempre algo a ser descoberto, como se desconfiasse de algo.
Parece muito simples nos amarmos, mas sentimos muita dificuldade em fazê-lo, principalmente para quem tem a rejeição e abandono em seu histórico de vida. Para se amar é importante que se conheça cada vez mais, sem medo. O mais indicado para o autoconhecimento é o processo de psicoterapia. Mas você pode começar fazendo pequenas coisas por você a cada dia. Procure valorizar mais o fato de ter sido adotada e não o de ter sido abandonada.