por Anette Lewin

"Tivemos problemas econômicos e cometi erros, mas nada grave. Mas agora ela adquiriu a sua independência financeira e parece encantada com essa nova situação."

Resposta: Nesse momento, em que sua companheira está encantada com sua liberdade econômica, qualquer atitude sua com a intenção de desviá-la de seu envolvimento com essa nova fase será, provavelmente, rejeitada. Então, nesse momento, a única coisa que você pode fazer é esperar. Esperar e refletir sobre seus erros e acertos nessa relação. Coisa que, aliás, você já está fazendo ao escrever esse e-mail. Você diz que tinham problemas econômicos, mas nada grave. Diz que que cometeu erros que também não foram graves. Repense essa sua avaliação, pois ao que parece, o que para você não é grave para ela é! Por outro lado, ninguém erra sozinho numa relação, portanto não parta para um arrependimento radical jogando toda a culpa sobre você. Se, ao passar essa euforia inicial em que ela está, ela ainda quiser se separar, não há nada a fazer. Sim, porque pode ser que baixada a poeira inicial, ela repense o casamento e consiga enxergar motivos para querer continuar nele. Você deve estar preparado e inteiro seja para uma separação, seja para uma volta, pois é muito cedo para tirar conclusões. Enquanto isso, viva sua vida, vá atrás de seus objetivos pessoais e evite ficar buscando soluções mágicas.

Meu namorado rompeu pela quinta vez nosso namoro de sete anos
Ele já foi casado duas vezes, ele é machista, mas possui muitas qualidades e diz que o meu jeito extrovertido o incomoda. Dessa vez parece que o término é pra valer. Eu continuo vivendo, só que "na raça", fazendo exercícios, trabalhando e cuidando do meu filho, mas sem o menor ânimo. Estou fazendo o possível para voltar a me socializar e sair de casa

Resposta: Você está bem consciente do que acontece, mas sente-se uma perdedora. Perdedora de um homem com um monte de qualidades descritas por você, mas com uma decisão de afastamento já tomada. Uma vez que ele já se casou duas vezes, não é possível concluir se ele terminou a relação por seu temperamento extrovertido, ou porque a tendência dele é mesmo de terminar relações amorosas depois de um certo tempo. Portanto, não desperdice sua energia tentando reatar algo à força. Você já fez o que podia. Continue levando sua vida do jeito que está fazendo que, aos poucos, o ânimo volta. E, quem sabe, sua próxima escolha amorosa recaia sobre alguém que goste de você do jeito que você é.

Estou casada há um ano e não aguento mais
Moro no Canadá, pois meu marido é canadense, não tenho amigos aqui, passo a maior parte do tempo em casa com minha neném de 10 meses. Não posso trabalhar, pois ainda não sou residente permanente e os amigos que tenho são todos por parte do meu esposo. A questão é a transição, tenho muita dificuldade de aceitar coisas novas.

Resposta: Os novos laços não se fazem de um dia para o outro. Você está sim, numa situação difícil, uma vez que um bebê pequeno prende. Juntando esse fato com a transição para um novo país, fica mais complicado, mas não impossível de resolver. A transição é uma situação que requer um investimento constante para que os resultados apareçam a médio prazo. Se você pretende fazer amigos, saia na rua, faça algum curso, arrume alguém com quem você possa deixar a neném por algumas horas. Se você quer trabalhar daqui a algum tempo, comece a procurar alguma coisa agora, informe-se, interesse-se, pois essas coisas levam tempo para se concretizar. Lembre-se, qualquer mudança implica em um período um tanto depressivo como o que você passa agora. Mas se você investir um pouquinho por dia na construção de seu futuro, a sensação de estar fazendo algo por você, por si só, pode trazer alívio.

Atenção!
As respostas desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psiquiatria e não se caracterizam como sendo um atendimento.