por Margareth dos Reis

"Minha esposa me pegou me masturbando na sala de casa e ficou muito furiosa. Tentei explicar que era só uma descarga de tensão, mas ela não entendeu. Ela acha que prefiro o corpo das mulheres da televisão ao dela. Como posso explicar que nunca perdi o desejo por ela e que também não preciso sair à procura de outra mulher fora de casa?"

Resposta: A cena mostra o seguinte: você estava se masturbando em um espaço compartilhado de sua casa e, ao encontrá-lo nessa situação, a sua esposa verificou que ela não fazia parte da sua excitação sexual na altura desse acontecimento.

Ato contínuo, cada um com sua maneira de reagir emocionalmente expressou o seu ponto de vista sobre a situação.

O desfecho foi você argumentando que era uma descarga de tensão e ela o acusando de preferir o corpo das mulheres da televisão ao dela, provavelmente, sem que um conseguisse escutar direito (e muito menos entender) o outro.

É claro que a masturbação pode ocorrer em qualquer fase da vida, independente de estar ou não se relacionando intimamente com outra pessoa. Mas, nesse caso, talvez estivesse faltando alguma coisa importante para cada um na relação de vocês dois, a ponto de você se descuidar das circunstâncias em que estava se masturbando, quando foi flagrado pela sua esposa em um espaço comum da casa, e ela se mostrar furiosa por não se sentir o seu objeto de desejo sexual.

É possível que, antes disso acontecer, não existisse nem liberdade entre vocês para conversas sobre assuntos mais íntimos. E não vai ser em clima de tensão que vocês vão resolver isso.

Daqui em diante, procure se aproximar de sua esposa com disposição sexual por ela, ao invés de querer explicar que nunca perdeu o desejo ou o interesse por ela. Observe o ritmo sexual de vocês, procure incluir a estimulação genital com as mãos (ou a boca) seja para ela sentir que pode participar do que viu você fazendo sozinho e/ou experimentar o mesmo prazer com as suas mãos tocando os genitais dela ao mesmo tempo.

Para finalizar, é oportuna a compreensão de que a masturbação ou qualquer forma de excitação, que cheguem ao seu ápice, levam a uma descarga de tensão sim, mas não devem ser confundidas com tranquilizante, nem usadas em substituição a esse, pois essa descarga é acompanhada de um prazer que está associado a estímulos sexuais potenciais (internos e/ou externos), seja no alcance de satisfação sexual solitária ou não.