por Blenda de Oliveira
Depoimento de uma leitora:
"Minha filha tem três anos. Ela se joga no chão e esperneia toda vez que é contrariada, chegando a se machucar. Não sei o que fazer. Já bati, briguei, dei carinho e não resolve. O que faço?"
Resposta: Sem dúvida uma situação delicada e que exige dos pais muita calma para lidar. Infelizmente, nem sempre é possível encontrar paciência e capacidade de espera nesses momentos.
Sugiro evitar brigar, discutir ou bater. Se puder, leve com calma sua filha até o quarto dela e apenas lhe diga que vai passar, sente em algum lugar e lhe diga que assim que se acalmar, vocês poderão conversar. É interessante também, nos momentos de calma, que você estabeleça combinados e adiante o que fará diante das reações que ela tem quando não aceita as ordens dadas por você.
Se houver essas reações em lugares públicos, procure retirá-la para não deixar que se exponha.
As crianças que irrompem reações intepestivas diante de qualquer frustração, sem dúvida, sofrem muito.
Observamos que há um ritmo diferente na maturidade emocional para processar a frustração, os insucessos etc. Requerem mais presença para aprenderem que cada ação traz consequência. Por isso devemos ensiná-las a escolher e mostrar qual será a consequência para cada escolha.
Momentos de muita angústia
Nos momentos de muita angústia, esses que ela chora e se joga no chão, é preciso que não fique sozinha, mas você ou o pai devem estar perto em silêncio. Quando ela acalmar um pouco, coloque-a no colo, acalme-a e lhe diga que tudo isso vai passar, que ela está crescendo e logo vai aprender que quando algo não pode ou não acontece, não significa que tudo está ruim. Há muitas outras coisas que podem ser tão boas e divertidas.
Se tudo isso persistir, recomendo que busque uma psicóloga infantil que tenha uma disponibilidade de também oferecer algumas sessões de orientação para os pais.
Com ajuda profissional poderá entender melhor o que ocorre e receber adequadas orientações.
Espero ter ajudado um pouco.
Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.