Minha parceira só toma decisões influenciada pela sua família

E-mail enviado por uma leitora:


“Estou há quase seis meses com minha companheira, juntando tempo de namoro e morando juntos. Desde o início, temos problemas por causa da família dela. Eu costumo questionar por que ela sempre permite que a sua família influencie nas suas decisões em tudo, principalmente entre nós. Falei em terminarmos, ela me disse que não e me prometeu que a partir de agora seria diferente. Talvez eu esteja me precipitando e sofrendo por antecedência e que deveria apenas deixar as coisas acontecerem, sem me preocupar tanto se ela poderá agir do mesmo modo de antes.  É uma sensação de sempre me sentir inferior no relacionamento. O que devo fazer?”

Resposta: A resposta à pergunta de seu e-mail já está aí, no meio da sua tentativa de expressar suas frustrações no casamento pelo fato de sua esposa continuar muito ligada à sua família de origem. Sim, como você mesmo diz, parece que você está se precipitando e sofrendo por antecedência. Afinal, são só seis meses de relacionamento! Pense bem: vocês decidiram morar juntos mas, com 6 meses de relacionamento, mal se conhecem direito. Os dois, provavelmente, têm suas inseguranças pessoais e cada um tenta lidar com elas do seu jeito. Ela, apoiando-se na família; você, tentando conseguir a garantia de ser amado através de um relacionamento idealizado onde seja o único a quem ela dará ouvidos daqui para frente.

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Insegurança não deve ser o pilar de sustentação desse vínculo

Certamente não é totalmente do seu jeito nem totalmente do dela que esse relacionamento se fortificará; certamente é preciso dar tempo ao tempo e investir nessa relação para que ela desabroche; e, certamente, as inseguranças pessoais não podem ser o pilar de sustentação desse vínculo. Ficar discutindo se ela ouve mais a opinião da família do que a sua só inviabilizará qualquer consenso entre vocês e levará, como quase já levou, a uma separação.

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Buscar projetos em comum é saudável para o relacionamento

É preciso construir uma relação entre vocês buscando projetos em comum, projetos que agradem a ambos. Desde que esses projetos partam da cabeça de vocês dois, qual a importância que a opinião de terceiros terá sobre eles? Por outro lado, se a família dela der a ela uma ideia da qual ela goste, e ela tente compartilhar essa ideia com você, qual é o problema? Só por que a ideia veio da família dela perde todo o seu valor por princípio?

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Caro leitor, no relacionamento a dois, assim como na vida, é preciso saber negociar, ter sensibilidade, aprender a ser político (no bom sentido, é claro!). Mulheres, em geral, costumam continuar ligadas a suas famílias de origem, mesmo depois do casamento. Homens são menos propensos a esse tipo de comportamento. Assim, acostume-se com esse vínculo familiar dela e tente aceitá-lo ao invés de brigar com ele. Mesmo porque brigando, você só tem a perder, uma vez que a família de origem dela está na vida dela há muito mais tempo do que você…

Boa autoestima é a arma mais poderosa para a conquista amorosa 

Por outro lado, caso o vínculo com sua família de origem não seja tão próximo, procure outras pessoas com quem você também possa conversar, trocar opiniões, e refletir sobre questões em geral. Evite ficar grudado nela o tempo inteiro. O homem é um ser social e continua sendo mesmo depois do casamento. E as ideias trocadas com outras pessoas podem ajudar a mobilizar o casamento, desde que sejam filtradas. Ela é sua companheira, mas você não deve exigir dela que ela esteja disponível para suprir todas as suas carências emocionais ou que passe a ser dependente apenas das suas opiniões como companheiro. Cada um deve respeitar a liberdade do outro de trazer novas ideias, novos conceitos e novas propostas para dentro do casamento. Venham essas ideias de onde vierem. Assim, tente confiar mais em você mesmo para que possa confiar no amor que ela sente por você. Uma boa autoestima é a arma mais poderosa para a conquista amorosa. Use-a a seu favor.

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Atenção!

Esta resposta (texto) não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.