por Lilian Graziano
Uma difícil constatação, no exercício do autoconhecimento, é perceber que não usamos todo o nosso potencial (qualidades, habilidades, conhecimentos) no dia a dia.
Óbvio que cada situação pede um comportamento ou ação diferente, mas é duro quando identificamos que, na maioria das vezes, queremos lançar mão de recursos que não temos para enfrentá-la, em vez de usarmos nossos melhores recursos – dentre eles, as nossas *forças pessoais.
Dirigindo-me diretamente a você, leitor(a), que pode estar em um momento como esse, digo que o arsenal mais poderoso para resolver os seus problemas, não está na “grama mais verde” do vizinho, ou na inteligência excepcional que ele possui e que você julga muito superior à sua. Mora em você mesmo(a) a capacidade de superar qualquer desafio, ainda que você, mesmo sabendo quais são seus melhores recursos, não se lembre deles. (A despeito de qualquer teste de Q.I., talvez você se surpreenda ao saber que sua adaptação à vida é muito maior que a do seu vizinho genial.)
Como lembrar de suas forças pessoais?
Talvez, ainda, você precise de algumas ferramentas para lembrá-lo(a) de suas forças pessoais e de outras de suas melhores características. Assim como precisamos colocar lembretes em murais, computadores e paredes com aquilo que é necessário para realizar uma tarefa.
Que tal lançar mão de um display visual de você mesmo(a), leitor(a)? Não precisa ter foto, nem tamanho real, basta conter sua essência, suas qualidades, bem ali, à vista. Trocando em miúdos, um cartaz basta, desde que com esse conteúdo, com suas forças pessoais.
Um dia produtivo, no sentido do uso quase pleno de nossas capacidades, poderia começar com uma “revisão geral” desse nosso potencial. Um cartaz, lembretes na geladeira, no espelho… vale tudo para que a manhã nos lembre de quem somos, o que podemos oferecer, e nos ajude a raciocinar sobre como aplicar tudo isso aos desafios que enfrentaremos logo a seguir.
Sua vida lhe permite explorar de forma plena suas capacidades?
Consequentemente, nesse exercício, também nos atentaremos para a vida que estamos levando, se ela oferece possibilidade de uma exploração plena de nossas capacidades. Refletir sobre isso é, certamente, o primeiro passo para uma transformação que pode levar a uma vida mais feliz.
Podemos dizer, então, leitor(a), que o autoconhecimento não é só importantíssimo, mas fundamental: a felicidade depende do que somos e, ainda, do que fazemos com isso.
É na prática diária de nossos melhores recursos que reside, por fim, um ser-feliz!
*A respeito de suas forças pessoais, veja também este artigo (veja aqui) e responda o questionário (disponível também em português) fornecido pelo VIA Institute on Character (veja aqui), que lhe dará um inventário completo de suas forças.