Mudar a sociedade, fazer a diferença no mundo: utopias tolas?

por Regina Wielenska

Nas sociedades contemporâneas somos frequentemente bombardeados com informações e vídeos sobre atos militares ou civis de violência e muitas outras coisas pesadas, ruins, que nos trazem sentimentos de medo, insegurança e desesperança. Isto parece criar um viés perceptivo, e acabamos por formar o conceito de que nesse mundo a maldade fica à nossa espreita a cada esquina. Nos desenvolvemos, por conta do contexto social, desconfiados, com pé atrás, amargos e esquivos.

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É muito bacana e restaurador de nossa confiança no futuro e nas pessoas encontrar relatos de experiências de gente que empatizou com o problema de alguém e se empenhou na busca de resolver uma questão que não era sua. Fico particularmente tocada ao ler histórias de gente que já vive inúmeras dificuldades, mas que enxerga caminhos de transformação para a vida de terceiros e assim também se transforma.

Hoje nesta coluna farei uma colaboração extremamente singela, no sentido de divulgar ações formidáveis, que poderíamos tentar aplicar no pequeno ou amplo mundo que nos circunda. Tomara que meus leitores, tal como evangelistas, carreguem pelo mundo as boas novas, consigam multiplicar o alcance do relato, desenvolvendo ações e inspirando mais gente.

O primeiro é o de um líder comunitário, agitador cultural numa favela do Espírito Santo. Faltando-lhe verbas, deu um jeito de ciar um festival de música e transformou as práticas de relacionamento social naquele ambiente árido. http://brasil.blogfolha.uol.com.br/2014/07/23/conheca-o-senhor-gentileza-que-mudou-a-rotina-de-uma-favela

Minha segunda história é a de uma criança que desenvolveu enorme amor pela leitura depois de encontrar num lixão um livro, isso foi a base de toda a caminhada que resultou na biblioteca que conseguiu erguer, com mínimos recursos, dentro da favela onde residia. http://www.inclusive.org.br/?p=22577

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O quarto relato é o de um cobrador de ônibus na capital federal, que montou uma minibiblioteca itinerante nos veículos onde trabalha. Homem generoso, sensível e sensato, transmite aos passageiros a paixão pelos livros, faz empréstimos e recebe doações, e agora sonha em ampliar a proposta.
http://tudosobreleitura.blogspot.com.br/2010/06/cobrador-monta-biblioteca-itinerante-em.html

Por fim, um exemplo de que na favela há arte e beleza, como demonstram um jardineiro e outros moradores que descobriram como materiais simples podem gerar tanta beleza.
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/2013-10-22/conheca-o-gaudi-brasileiro-homem-que-mora-em-castelo-na-favelhttp://vyaestelar.uol.com.br/post/4/como-perceber-se-estou-tendo-sonhos-premonitoriosl

Minha coluna sem os links é nada, fiz apenas o papel de pombo-correio pra promover a esperança pra se levar a vida nas grandes cidades e trazer alento aos seus moradores.

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Depois me digam o que acharam, está combinado?