Por Samanta Obadia
A gente não sabe como começou, mas não vai acabar.
Xantipa discutia com Sócrates e Diotima, vivia o amor a Platão, ensinar. Mulheres pensam, mulheres falam, mulheres fazem!
Pode ser santa e soldado, não há contradição, em ser Joana, em ser Quitéria, Anita ou Dandara. Todas, defendendo as minorias, lutaram. Com capoeira ou ministério, eram mulheres cheias de mistério.
Com a coragem da Zuzu e da Leolinda, da Elza e da Aracy. Verteram muitos sorrisos, muitas lágrimas, muitas dores. Usaram a verdade, como Hebe e Oprah; usaram os pés como a Marta, os braços como a Lenk, e a química como Marie.
Fizeram música sem fazer piada no piano de Chiquinha e no canto de Evita. ‘Ó Abre alas’, porque há muita mulher de porte a passar:
Zilda, Nise, Olga, Isabel, Marielle, todas são pilares desse sexo forte.
E ainda nos encantam com sua arte, enquanto nos levam a pensar: Coralina, Tarsila, Bibi ou Fernanda, representam várias mulheres ao criar.
Tantos nomes, uma só história, de corpos e almas, preenchidas de um grande sentido, o de viver a vida com todos, livremente e em paz.
Chega de dedo apontado, de fofoca, de maledicências, de balas certeiras e perdidas. Todo tiro finda uma centelha de luz que veio para brilhar.
Chega de guerra, humanidade!