por Anette Lewin
Resposta: Hoje em dia os relacionamentos não precisam seguir necessariamente um modelo rígido. Estamos numa época mais aberta a todos os tipos de proposta. Neste sentido, desde que vocês dois concluam que conseguem se entender desde que os filhos fiquem fora disto, nenhum problema. É uma questão de combinar dias, horas, etc. Agora, você me indica que tanto você quanto ela cedem facilmente a pressões externas: você cedeu à pressão dela para morarem juntos sem estar convicto disto, e ela cede às pressões familiares. Assim fica difícil. Converse com seu psicanalista e tente entender mais a fundo o que você realmente quer e o que é possível levando-se em conta as suas necessidades e as dela.
Ele não quer formalizar o namoro, o que eu faço?
Não gostaria de perdê-lo
Resposta: Será que os relacionamentos só existem quando eles se formalizam? Será que as pessoas só estão namorando quando existe um pedido formal? Existem muitos vínculos que não se enquadram em nenhum modelo pré-estabelecido e nem por isso deixam de existir. Se você gosta dele e ele gosta de você, se as coisas funcionam entre vocês, talvez valha a pena deixar o relacionamento evoluir para uma situação em que apareça a necessidade de formalização. É sabido que as mulheres necessitam de garantias e os homens resistem a elas, mas no final acabam se entendendo. Avalie, portanto, seu relacionamento mais pelo que é feito, do que pelo que é dito: se está bom, continue, mas se existem problemas tente reavaliá-los.
O filho dele poderá atrapalhar a nossa relação?
Eu e meu namorado estamos apaixonados. Como não tenho muita paciência com criança, será que existe a possibilidade desta relação fracassar por conta disso?
Resposta: Você menciona várias vezes que sua grande preocupação é perder a paciência com o filho de seu namorado no futuro. Não sinaliza nenhuma dúvida com relação ao namoro em si. Para tomar uma decisão, temos que nos basear nas situações que conhecemos e não em hipóteses sobre o que possa vir a acontecer. No futuro, não é só a criança que poderá criar atritos entre vocês. Eles podem acontecer em virtude de outros fatores, se vocês não cuidarem direito da relação. Se cuidarem e tiverem sensibilidade, boa vontade e maturidade, certamente saberão como incluir a criança no relacionamento. Resta então saber se você se considera madura para encarar esse relacionamento sem competir de forma infantil com essa criança. Veja se será capaz de enxergar que você e essa criança devem ter papéis diferentes na vida de seu namorado. E, principalmente, se você está disposta a investir nesse namorado do jeito que ele é, com suas qualidades, que você já conhece, e defeitos que talvez ainda não tenham aparecido, mas que existem. O passado dele não poderá ser apagado.
Atenção!
As respostas desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psiquiatria e não se caracterizam como sendo um atendimento