Peço hoje um pouco de bom humor ao lerem este post. Entendam que o que escrevo vem sempre do que vivo, e nem sempre o que vivemos tem cheirinho de flores.
Há alguns anos passei por uma experiência, digamos, inesquecível. Eu estava descendo do café que fica no topo do prédio onde trabalho, no décimo quarto andar… Estava indo para minha sala, no segundo andar. Chamei o elevador, a porta abriu, um moço saiu de lá bem apressado. Entrei no elevador, a porta fechou, e então senti o cheiro… MUITO forte… Alguém tinha deixado lá seus gases intestinais (estou tentando falar de um jeito mais bonito, gente).
Desesperada, apertei o botão 11 ou 12, nem lembro. Queria sair logo de lá!!! Não queria descer até o meu andar, com aquele odor insuportável. A porta abriu… Eu achando que ia ficar tudo bem… E dou de cara com três pessoas que iam entrar no elevador… Só tinha eu lá dentro.
O que se faz numa hora dessas???
Diz… – “Não fui eu!!!”?
Saí do elevador completamente constrangida, numa aceitação resignada de uma inevitável culpa equivocada. Pensei no moço lá em cima, que saíra apressado. Talvez estivesse tão desesperado quanto eu.
O constrangimento se transformou numa decisão de não julgar aquilo que acontece. Mesmo quando tudo indique uma direção, podemos estar errados, entendem?
Não conhecemos todas as variáveis e muitas vezes completamos os espaços vazios com nossos medos, nossas inseguranças, nossas carências… E está feita a confusão.
É um sinal de sabedoria compreendermos que podemos estar completamente enganados. Escrever isso, mesmo agora depois de tanto tempo, é bom. Vai que uma daquelas três pessoas leia este texto?
Tenham um lindo e perfumado dia!