por Anette Lewin
"Estou sendo egoísta e possessiva? O erro é meu ou dele?"
Resposta: Vamos evitar colocar mocinhos e bandidos nessa história.
Talvez não existam erros ou acertos, mas sim diferentes modos de vivenciar o lazer no final de semana.
Obviamente, acredito que você não esteja falando de um noivo alcoólatra, mas sim de uma pessoa que beba socialmente. Se assim for, o primeiro aspecto a ser observado é por que o fato de ele beber te incomoda tanto?
Ele muda seu comportamento quando bebe?
Trata você pior do que quando está sóbrio?
Deixa de dar atenção a você?
Se o problema é esse, é importante que haja uma conversa franca onde você explique que, embora ele possa não perceber, seu comportamento muda com a bebida e isso a incomoda.
Caso, porém, não existam alterações de comportamento e sua preocupação seja com a quantidade de bebida e o mal que isso possa causar… sinceramente, lições de moral ou discursos sobre os malefícios do álcool não costumam dar muito resultado. Muito pelo contrário, costumam irritar a pessoa principalmente quando ditos na frente de outras pessoas.
Sim, beber muito não é saudável, mas o álcool costuma fazer parte da vida social das pessoas, é uma droga licita, e assim cabe a cada um estabelecer os limites para o seu consumo.
Se, ao ficar noiva, você sabia dos hábitos dele com relação à bebida e mesmo assim resolveu assumir o relacionamento, fica difícil questionar isso agora, não é? Afinal hábitos são hábitos e, dificilmente, mudam de uma hora para outra.
Assim, tente não colocar a questão da bebida nos finais de semana como ponto de discórdia entre vocês. Mesmo que você não goste, aceite essa característica do seu noivo e tente acolhê-lo com suas qualidades e "defeitos". Procure também inventar programas diferentes nos finais de semana, principalmente programas que escapem de bares ou restaurantes, locais onde existe maior possibilidade do álcool ser consumido.
Na vida a dois muitas vezes o que é prazeroso para um é indiferente ou desagradável para o outro. Se você pretende se casar, comece a descobrir formas de negociar as diferenças e saber quando é sua vez de ceder e quando é a dele.
Tente também ir atrás de atividades que proporcionem bem-estar a você ao invés de questionar tanto as dele. Quando nos permitimos escolher atividades que nos dão prazer, dificilmente o prazer do outro nos incomodará.