por Emilce Shrividya Starling
O primeiro princípio ético do yoga, a Não violência (ahimsa, em sânscrito), é o principal de todos. Os outros passos do yoga só consolidam este ensinamento. Esta virtude está inerente ao amor. Envolve a natureza, a todos nós, a toda a criação.
É compreender que somos parte de um todo, de um organismo vivo maior e estamos todos vinculados uns aos outros.
É ter uma atitude positiva, sem prejudicar os semelhantes nem os animais, preservando e cuidando do nosso querido planeta Terra. Como por exemplo, até o desperdício de água quando escovamos os dentes, é uma violência que precisamos nos conscientizar.
Existe muita violência no mundo e só haverá paz quando ela começar em cada mente, em cada coração pacífico, em cada local de trabalho, em cada lar.
O autoconhecimento é importante para detectarmos a violência em nós mesmos e com os outros. Sem sentimento de culpa observar e interpretar nossos pensamentos,palavras e ações. Praticar a não violência no pensar, falar e agir.
Como disse Krishnamurti: “Se conseguirmos olhar para a violência não à nossa volta, mas em nós, talvez tenhamos a chance de superá-la. A violência é um fato existente no ser humano e esse sou eu.”
A violência nasce do medo, da raiva, da ignorância, da suposição, da fraqueza, da inquietação. Para combatermos a violência é necessário nos libertarmos do medo e da raiva.
O medo paralisa. Prejudica nosso relacionamento com as pessoas, com Deus, com a verdade. Ele nos impede de sentir a beleza da vida.
Deste medo surgem as preocupações, as ansiedades, as frustrações, o egoísmo, os distúrbios emocionais. Afasta a pessoa das boas vibrações, sintonizando apenas com as ondas de vibrações violentas.
Para a libertação do medo é vital ter fé em Deus e sentir que Ele está dentro de nós. Essa fé inabalável vem de uma mente controlada e equilibrada.
Portanto para vivenciarmos a não violência é essencial reeducar e acalmar a mente. Controlar os pensamentos cultivando emoções e pensamentos positivos.
Precisamos mudar nossa atitude perante à vida, desenvolvendo a boa vontade e alegria de ajudar os outros, abrindo nossos corações para sentir amor, respeito e compaixão.
Para superarmos a raiva que vem dos desejos insatisfeitos precisamos transcendê-la, desenvolvendo coragem, contentamento, gratidão e desapego.
A não violência começa em nós mesmos para se estender às outras pessoas. Quando nos aceitamos e gostamos de nós mesmos, aceitamos e gostamos dos outros. Como disse um Mestre certa vez: “Tudo estará bem, quando você estiver bem” .
Não faça aos outros o que não gostaria que lhe fizessem. Agindo assim você estará verdadeiramente contribuindo para a não violência e a paz do planeta. Deus em mim saúda e agradece Deus em você! Fique em paz!