Nervoso e estressado? A causa pode ser a alimentação

por Gilberto Coutinho

De origem grega, o termo "alergia" foi proposto, em 1904, por Piquet, médico austríaco, para designar uma reação patológica provocada por determinadas substâncias sobre o organismo de algumas pessoas. Pode ser também compreendido como uma "sensibilidade" do organismo à ação de certas substâncias inofensivas à maioria das pessoas; exemplo: pêlo, poeira, pólen das plantas, leite, aditivos químicos, etc.

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Alguns terapeutas naturopatas e ortomoleculares têm preferido empregar uma terminologia mais "alternativa" para a palavra "alergia" como, por exemplo, "intolerâncias" e "sensibilidades", enquanto outros profissionais ainda prefiram o emprego do termo "alergia".

Considera-se que uma pessoa apresente uma "intolerância" alimentar, quando, após a ingestão de alimentos em condições normais, ocorrerem reações adversas e impróprias como, por exemplo, aumento dos batimentos cardíacos e alteração do estado de humor. Tais reações podem ser causadas por proteínas alimentares, amido, outros componentes do alimento ou, ainda, por conservantes e corantes. As reações mais intensas podem até provocar choque anafilático.

No Ocidente, o reconhecimento à sensibilidade alimentar foi registrado pela primeira vez por Hipócrates, ao observar que o leite poderia causar problemas gástricos e urticária.

Alguns terapeutas consideram que a intolerância alimentar seja uma das principais causas da maioria dos sintomas considerados psicossomáticos e não bem determinados por outros profissionais da área de saúde. As teorias que justificam o aumento de sua incidência nas populações, além da predisposição genética hereditária, incluem: estresse (que acaba afetando o sistema imunológico), desmame e introdução precoce de alimentos sólidos em lactentes, manipulação genética de plantas, pesticidas, aditivos químicos, toxinas e outros fatores.

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Quando ambos os pais apresentam algum tipo de sensibilidade orgânica, 67% das crianças também poderão apresentar algum tipo de sensibilidade. Quando apenas um dos pais apresentar sensibilidade, 33% das crianças apresentarão tal reação.

Os efeitos dos alimentos no comportamento humano

Alimentos e substâncias químicas aos quais se é intolerante causam: falta de paciência, intolerância, raiva, agressividade, mau humor, violência, depressão, isolamento social, hiperatividade…

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– Aspartame: agrava os problemas de ordem psicológica (ansiedade, pânico, confusão, depressão, fobias, irritabilidade, mudanças da personalidade, dificuldades para pensar e raciocinar etc.), reações alérgicas sensibilidade a produtos químicos
– Cafeína: pode ocasionar uma síndrome clínica similar à ansiedade generalizada e distúrbios de pânico, inclusive sintomas como depressão, tensão, nervosismo, palpitações cardíacas, irritabilidade, hiperatividade, dor de cabeça, delírios, flutuações do estado de humor, fadiga e a chamada síndrome da "perna inquieta".
– Carboidratos refinados (açúcares e amidos), leite e farinha: podem desencadear nervosismo, agressividade, violência, comportamento criminoso, mucosidade, comportamento anti-social (açúcar), cansaço, preguiça, desânimo, embotamento e "baixo astral".
– Alimentos com alto teor de proteína: agitação, agressividade, inquietação, hiperatividade.
– Trigo, milho, leite e tabaco: podem provocar sintomas semelhantes aos da esquizofrenia.
– Gás de cozinha: em pessoas com hipersensibilidade, neuroses e psicose.

Terapia

A melhor forma de combater o problema é evitar produtos derivados de trigo e milho, ovo, soja, leite e derivados, cafeína (café, chá preto, coca-cola etc.), glúten, açúcar, fermento, frutas cítricas, aditivos químicos (conservantes, aromatizantes e corantes), carnes, aspartame etc. Evitar significa não apenas privar-se dos alimentos em seu estado mais identificável (ovos em um omelete), mas também em seu estado oculto (ovos em um bolo).

Adoção de um estilo de vida saudável, alimentação pura e saudável, ingestão abundante de água potável, redução do estresse, prática regular e moderada de exercícios físicos, Yoga e meditação (liberam endorfinas que proporcionam uma sensação de bem-estar) podem muito contribuir para aliviar os sintomas das sensibilidades. Devem-se eliminar completamente o cigarro, o álcool e outras substâncias que possam causar intoxicações e dependência.

Sob orientação terapêutica, suplementação de vitaminas (C, A e complexo B), sais minerais, enzimas e etc…

Possíveis causas

– Predisposição genética e má alimentação.
– Intolerância alimentar mediada pelo sistema imunológico.
– Pessoas com tendência a desenvolver asma e doenças de pele têm um ajuste imunológico deficiente, portanto maior possibilidade de sofrerem de intolerância alimentar
– Má digestão por mau funcionamento do sistema intestinal e deficiência de vitamina A
– Etresse e intoxicação orgânica

Doenças associadas à intolerância alimentar

– Diarréia crônica, úlcera estomacal, flatulência, gastrite, cólon irritável, má absorção, colite ulcerativa.
– Incontinência urinária, infecções crônicas da bexiga, corrimentos vaginais
– Infecções de ouvido.
– Urticárias, acne e coceira
– Ansiedade, depressão, hiperatividade, falta de concentração, insônia, irritabilidade, confusão mental, alteração da personalidade, convulsões.
– Bursite, dor articular
– Asma, bronquite crônica, coriza, rinite, chiado no peito.
– Arritmia, desmaios, fadiga, dor de cabeça, hipoglicemia (baixa taxa de glicose no sangue), coceira no nariz e garganta, enxaquecas e sinusites.