por Marta Relvas
A questão do aprendizado da Matemática está sempre relacionado a uma dificuldade. Na verdade deveríamos mudar o nome da "(Ma) temática para (Boa) temática", assim a assimilação dessa ciência poderia ou deveria se tornar mais prazerosa quando alterada a nomenclatura.
Sem dúvida esse "bicho papão" da Matemática foi e é contruído culturalmente, com a criança logo cedo escutando de seus pais que estudar Matemática é difícil, e a escola também enfatiza e reforça usando muitas vezes como uma ameaça ao estudante.
A estrutura cerebral da aprendizagem da ciência Matemática se dá na mesma área da aprendizagem da linguagem escrita e falada, ou seja, hemisfério esquerdo do cérebro – área de Wernicke e Broca junto com o córtex pré-frontal e os hipocampos que estão relacionados com a memória.
O ideal da aprendizagem Matemática é pela contextualização, pelo concreto, o fazer, para depois, então, partir para a abstração, no qual a idade neurobiológica ideal ocorre por volta dos 9 anos. Nessa fase o cérebro possui neurônios mais fortalecidos e consolidados em suas conexões neurais.
Dicas metodológicas e pedagógicas:
Elaborar atividades educacionais como blocos lógicos, cubos mágicos, jogos analógicos como xadrez, dama, exercícios físicos relacionados ao espaço/temporal etc.
O interessante é trabalhar com materiais concretos – montessoriano, conhecidos como material dourado que tem como proposta uma metodologia a partir do concreto, do fazer para abstração e criação mental. O professor pode criar essa atividade lúdica, sem ônus, com sucatas.
Sem dúvida, o cérebro humano aprende por associação do lúdico, e do concreto para abstração. Importante se pensar que o corpo é uma ferramenta da aprendizagem cognitiva, motora, emocional e social. Por esse motivo, explorar esse universo físico se torna fundamental para a aquisição da aprendizagem.