por Danilo Baltieri
Resposta: O LSD é uma droga clara (branca), inodora, solúvel em água e sintetizada a partir do ácido lisérgico, um composto derivado do fungo que ataca o centeio.
É uma das mais potentes drogas perturbadoras do humor e da percepção até então conhecida: doses orais tão baixas quanto 30 microgramas podem produzir efeitos que duram de 6 a 12 horas.
LSD é inicialmente produzido na forma de cristal. O cristal puro pode ser triturado até pó e misturado com outras substâncias para produzir tabletes ou "micropontos". Também, a droga pode ser diluída, dissolvida e aplicada a pequenos papéis chamados "selos". Variantes na produção dos selos e presença de contaminantes podem gerar LSD em várias tonalidades.
Efeitos
Sensações e sentimentos se alteram muito mais rapidamente do que sinais físicos entre os usuários da droga. O usuário pode sentir várias emoções diferentes ao mesmo tempo, as quais se alternam rapidamente.
Dependendo da suscetibilidade individual e da dose, o usuário pode manifestar sintomas de delírios e alucinações. A noção e o senso de tempo e de si mesmo são alterados; o usuário pode manifestar sinestesia, ou seja, perturbação dos sentidos (pode ter a sensação de ouvir as cores e de ver os sons); reações de pânico e sensação de morte iminente podem surgir.
Após dias de uso, experiências de revivescência dos sintomas anteriormente experimentados podem ressurgir (flashbacks). Como sintomas físicos, dependendo da dose, o LSD pode provocar dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, sudorese profusa, perda do apetite, insônia, boca seca e tremores.
Muitos usuários de LSD cessam o consumo de forma espontânea. No entanto, o LSD pode provocar tolerância, ou seja, necessidade de doses progressivamente maiores para atingir os mesmos efeitos anteriormente obtidos. E, dados os efeitos físicos com doses progressivamente maiores, o uso torna-se bastante perigoso.
É importante também destacar que o fenômeno da tolerância cruzada entre LSD e outros alucinógenos tem sido descrito na literatura. Ou seja, o usuário de um alucinógeno (que não o LSD) pode querer (ou precisar) usar doses maiores de LSD e vice-versa para obter efeitos desejados.
O LSD foi uma droga bastante popular na década de 70. No entanto, segundo o estudo 'Monitoring the Future', patrocinado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos da América e pelo Instituto Nacional de Abuso de Drogas (NIDA – National Institute of Drug Abuse), a frequência do uso na vida de LSD entre adultos jovens tem permanecido praticamente a mesma desde 2009, cerca de 6%.
Entre 1991 e 1997, esta frequência girava em torno dos 13%, e entre 1998 e 2001, em 16%. Os aumentos observados no uso do LSD nos períodos especificados ocorreram principalmente entre jovens na faixa etária dos 18 e 24 anos. Após 2002, houve um progressivo declínio na frequência do uso do LSD na vida, até as taxas atuais.
Segundo o mesmo estudo, no ano de 2012, a prevalência de uso dessa droga nos últimos 30 dias, utilizando uma amostra de 5.400 indivíduos, foi de 0,2%.