por Carminha Levy
Na história da humanidade o Xamã tem sido o guardião dos segredos da Mãe Terra e seu servo. A Ela eles dedicam todas as suas várias existências. Assim como os Elementais, eles promoveram ao longo dos *eons equilíbrio e a harmonia entre os homens e a Mãe Terra.
Mas houve uma época equivalente à longa noite escura da Idade Média que os Xamãs foram erradicados desse sacerdócio. O xamã passou primeiramente a ser encarado, durante as trevas que envolveram a humanidade, como feiticeiros-feiticeiras, perseguidos pela Inquisição e queimados nas fogueiras que arderam por mais de 500 anos. Todos videntes, ermitões e principalmente as curandeiras que eram também parteiras, foram acusados de serem anátemas, representantes do diabo e punidos pela Inquisição.
Posteriormente, na idade da razão eles novamente foram perseguidos e dizimados agora pela arrogância dos senhores do intelecto. Juntamente com a derrubada da idéia de Deus pelos soviéticos e posteriormente pelos nazistas que consideravam subversiva a prática xamânica, pois ela trazia a essência do Sagrado.
O retorno do xamanismo que se inicia com Castanheda obedece a uma ordem cósmica da urgência da Mãe Terra voltar a ser zelada, curada e agora salva da exterminação a que está sendo levada pelo efeito estufa, ameaças nucleares e a falta de suporte dos Elementais que, como vimos no último texto – clique aqui – , não agüentam mais, não têm mais força de carregar o carma da humanidade. Esse é o rápido retrocesso do papel do Xamã como guardião da saúde, harmonia e respeito à nossa Mãe Terra.
Quero agora falar do hoje e do aqui-agora. O xamanismo cósmico e a psicologia nos apresentam as ferramentas que podemos usar como xamãs urbanos, para criarmos um cinturão de proteção e também conexão com nossos corpos sutis superiores e os senhores do Carma que decidem o destino da humanidade.
Entretanto, convém lembrar que podemos mudar esse destino se criarmos uma massa crítica que nos leva à grande transformação. Comecemos pelos recursos psicológicos. Se conseguirmos que pelo menos um ser humano assuma sua divindade de ser o Ser de luz que ele é, toda a teia de treva que envolve a Terra começa a se dissolver.
É sabido pelo xamanismo cósmico que uma grande teia de massa negra impede que a luz do Divino chegue até nós. Essa teia é a grande Sombra Coletiva da humanidade. Ela se alimenta da raiva, ódio, temores, ressentimentos e principalmente do nosso grande inimigo o medo. Portanto, a nível individual temos que conhecer nosso ego em profundidade, para curá-lo e curar a Mãe Terra. Jamais matá-lo, mas desarmá-lo de sua ganância, arrogância e de todos aspectos da sombra pessoal. Na medida em que a consciência desse Ser se acende em luz, junta-se a outras luzes fraternas e formam um grande ponto de luz, de preferência um espaço já existente no qual será feita, com a força do grupo, a ligação com o Sagrado – o Religare!
Pode ser um pequeno grupo que como disse o Grande Mestre Jesus “Onde dois estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei presente.” Ou pode ser grandes grupos, todos vibrando pela cura da Mãe Terra, gerando a paz, luz e eliminando o medo que será substituído pela fé de que não estamos sós.
No próximo texto revelarei como o nosso negativo pessoal, principalmente o ódio, faz crescer automaticamente o medo que temos em vários níveis que vão além do nosso inconsciente, e que são imantados em vidas paralelas ou outras dimensões de realidades. Fica esta mensagem para ser meditada: Quanto mais o medo ganha espaço, quanto menos poder pessoal para as mudanças teremos disponíveis.
*período de tempo muito longo e indefinido