O perfeccionismo nos afasta da possibilidade de executarmos nossos planos e sonhos
Costumo orientar na clínica aos meus pacientes que é melhor o feito do que o perfeito não feito. Deu para entender?
Assim, o perfeccionismo pode se tornar um problema quando a realização de qualquer tarefa se torna desgastante e estressante devido ao elevado padrão de cobrança, preocupação excessiva com os detalhes e, na verdade, esconde um medo de falhar e de errar.
O comportamento perfeccionista pode gerar sentimentos de angústia, frustração, ansiedade e até depressão, pois tal comportamento aciona no cérebro gatilhos emocionais que escondem o medo de errar e a busca por acertar sempre obsessivamente.
A autossabotagem é “irmã gêmea” do perfeccionismo: Chega! Acabou!
Precisamos ensinar às pessoas e fazê-las entender que a perfeição só existe para nos separar da possível realização. Precisamos criar estratégias compensatórias que nos salvem da nossa autocrítica destrutiva, ou seja, da autossabotagem que é acionada.
O perfeccionismo nos afasta da possibilidade de executarmos nossos planos e sonhos. Pois os pensamentos sabotadores entram em ação e ficam latentes nos dizendo: “não, ainda não está bom o suficiente”. Se você percebe que seus planos sempre ficam no papel ou nunca são colocados em prática, talvez esteja na hora de você aprender um mantra para isso. Grite para você mesmo agora: “Chega! Acabou! Vou seguir.”
E lembre-se: para você melhorar algo que quer fazer, o melhor jeito é fazer. Simples assim. É a prática que lhe torna bom, e é o investimento nessa prática que lhe tornará diferente nessa área. Ou seja, comece e, em seguida, invista na manutenção e evolução do seu projeto. Estamos sempre em processo.
A vida é processo em construção e nós não nascemos prontos e, muito menos, sabendo de tudo. E isso é maravilhoso, porque significa que a vida é um percurso e uma construção diária. Estaremos sempre em uma evolução criativa em busca do SER.
Repita para você mesmo e siga: o feito é melhor do que o perfeito não feito.