Por Marta Relvas
O cérebro é um órgão muito importante do ser humano. Trata-se de uma estrutura extremamente complexa que desempenha um papel preponderante em todas as funções do corpo. A maturação do cérebro é considerável antes do nascimento com a produção de mais de 86 bilhões de células nervosas e ao longo dos dois primeiros anos de vida com o crescimento contínuo do volume do cérebro, constitui um período de grande vulnerabilidade.
O cérebro é particularmente sensível às influências do ambiente. Ao longo do desenvolvimento humano, as áreas do cérebro não amadurecem ao mesmo tempo. A percepção auditiva começa antes do nascimento e o recém-nascido já é capaz de reconhecer vozes e melodias familiares ouvidas no período fetal. Ao contrário de derminadas áreas cerebrais como a da memória declarativa e a visão que só se fortalecem após o nascimento.
Nas primeiras semanas gestacionais, a partir dos 18 dias iniciais, o cérebro começa a desenvolver-se formando as células nervosas denominadas de neurónios. Durante todo esse processo, o feto produz mais células neuronais do que as que necessitará quando nascer, e algumas delas morrem por não serem estimuladas.
À medida que as células nervosas fortalecem-se em novas conexões neuronais, organizam-se em pregas, formando cavidades, reentrâncias e estas estruturas do cérebro assumem as distintas formas e funções do prosencéfalo, mesencéfalo e cerebelo. Cientificamente, pode-se afirmar que quando esse fenômeno acontece, significa que a estruturação básica do sistema nervoso do feto está em pleno vigor e ação vital. Dai, a grande importância de cantar, conversar e colocar música para o bebê quando ele ainda está no útero materno, pois ajuda a potencializar a inteligência.