por Gilberto Coutinho
Enfermidade de rara ocorrência, a labirintite consiste numa inflamação do ouvido interno (labirinto) que se traduz pelo comprometimento da audição e problemas de equilíbrio.
Muitas vezes, o termo “labirintite” é empregado de forma inapropriada para designar todas as doenças que acometem o labirinto, por tal razão o termo mais adequado é “labirintopatia”.
As tonturas encontram-se entre os sintomas mais frequentes em todo o mundo; em 85% dos casos, são de natureza labiríntica. Nos casos mais raros, elas podem estar associadas a distúrbios visuais, neurológicos e/ou psíquicos.
Existem vários tipos de distúrbios que acometem o labirinto (órgão do ouvido interno, formado por um tubo enrolado em espiral e que contém as terminações sensoriais do nervo auditivo) e cada um apresenta características próprias e que necessitam de tratamentos específicos.
A vertigem é o tipo mais comum de tontura. A pessoa acometida por esse mal sente como se estivesse girando, tudo ao seu redor parece girar, a visão, temporariamente, perde a nitidez, assim como ocorre uma dificuldade de fixar a visão em um determinado ponto.
Repouso no leito com os olhos fechados é o mais recomendado até que o mal passe. As crises mais fortes de tontura podem ser acompanhadas de náuseas, vômitos, suor, palidez e sensação de desmaio. Depois das dores de cabeça, a tontura parece ser o sintoma mais frequente; estima-se que cerca de 42% dos adultos queixam-se de tontura em alguma fase de sua vida.
O labirinto, órgão que reúne as funções de audição e equilíbrio, encontra-se alojado no osso temporal, um dos ossos do crânio. Sua região anterior chama-se cóclea e encontra-se relacionada com a audição. Já sua parte posterior, constituída por um conjunto de três canais semicirculares, coordena a função de equilíbrio.
No organismo, toda informação sobre a audição e o equilíbrio chega ao cérebro através dos nervos vestibular e coclear. São mais adequadas as designações labirintopatias (para as afecções do ouvido interno ou labirinto) ou vestibulopatias (para as afecções (doenças) que afetam o sistema vestibular ou o equilíbrio; cerca de 85% desse distúrbio são de origem periférica; já as vestibulopatias centrais são as que acometem as estruturas do sistema nervoso central).
Dentre as causas mais comuns das vestibulopatias encontram-se: traumatismo craniano e/ou do pescoço; infecções por vírus ou bactérias; uso de drogas e/ou medicamentos (nicotina, maconha, cafeína, álcool, anticoncepcionais, sedativos, antidepressivos, anti-inflamatórios, antibióticos, antifúngicos, etc.).
Principais causas da labirintite (ou labirintopatia):
• Distúrbios que afetam a irrigação do labirinto.
• Artrose cervical.
• Uso de certos medicamentos ou drogas alopáticas. EFEITOS COLATERAIS: O uso contínuo de medicamentos alopáticos, como a FLUNARIZINA e a CINARIZINA para o combate de tonturas, vertigens ou zumbidos, prescritos, geralmente, aos idosos acima de 64 anos, podem ocasionar sintomas do falso mal de Parkinson, pois tais drogas bloqueiam a dopamina (neurotransmissor), uma das principais causas dessa doença.
• Hereditariedade.
• Causas virais e/ou bacterianas.
• Síndrome de ATM (articulação temporomandibular).
• Problemas hepáticos (sobrecarga ou congestão hepática).
• Estresse, etc.
A Naturopatia (tratamento holístico de saúde à base de remédios botânicos, recursos naturais e tecnológicos efetivos, atóxicos e não agressivos, muito conhecido e praticado, oficialmente, na Índia, e cada vez mais popular na China, Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos, Brasil etc.) e a Acupuntura Tradicional Chinesa associadas, em casos especiais, ao tratamento fisioterápico e fonoaudiológico muito podem auxiliar terapeuticamente os pacientes acometidos pela labirintopatia e/ou vestibulopatia.
A automedicação é um hábito muito perigoso. Segundo a “Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)”, estima-se que, no Brasil, essa prática seja responsável por cerca de 30% dos casos de intoxicação.
Além desse problema, utilizar medicamentos por conta própria pode causar dependência, efeitos colaterais graves, reações alérgicas e até morte; por isso, é preciso combater a automedicação e somente fazer uso de remédios e medicamentos sob a orientação e a prescrição de um profissional da área de saúde, após uma minuciosa avaliação clínica.