Maturidade emocional é um termo genérico e amplo, que diz respeito a várias habilidades emocionais e psicológicas juntas. E mais: veja seis dicas para desenvolver sua maturidade emocional.
Em referência a esse termo, é como se a habilidade exigisse um potencial a ser desenvolvido e atingido. Com o tempo e o desenvolvimento de algumas habilidades, pode-se ir atingindo o seu maior potencial de maturidade. Fazendo uma analogia com a fruta madura, é bem assim: quando dizemos que uma fruta está madura, é porque ela está pronta e no seu ápice para ser consumida.
A fruta inicialmente era uma sementinha, que teve um potencial para ser desenvolvido e chegar no máximo de sua maturação.
No que diz respeito à maturidade emocional, não dizemos que tem um ápice ou uma finalização. Mas sim, que ao longo do tempo pode acontecer um processo de desenvolvimento congruente com as habilidades emocionais. Haverá, então, um equilíbrio e congruência com a sua idade cronológica, por exemplo. Por isso, deparamo-nos, muitas vezes, com adultos que não têm a maturidade emocional desenvolvida ainda e se apresentam incongruentes com a idade. Ou algumas vezes, pessoas com menos idade, mas que se apresentam com uma maior maturidade emocional do que a sua idade cronológica. Sim, isto é possível porque a maturidade emocional e psicológica depende de vários fatores e habilidades a serem desenvolvidos com o tempo e com as experiências sociais vividas.
6 dicas para desenvolver a maturidade emocional
1ª Tenha disciplina nos seus comportamentos. Porque quem faz tudo que quer na hora que quer são as crianças… e crianças não têm a maturidade emocional. Somos adultos.
2ª Crescer dói. Pare de evitar o desconforto. A vida adulta gera desconforto e riscos. Saiba administrar esse desconforto e siga em frente.
3ª Obtenha mérito próprio. Busque conquistar as suas próprias vitórias e crie o seu próprio enredo. Pare de viver a história dos outros e viva a sua. Acredite na sua autoeficácia.
4ª Tenha autorresponsabilidade e pare de culpar os outros e o mundo por seus traumas. Saia da postura de vítima e assuma o papel de protagonista da sua vida. Reclame menos, faça e aja mais.
5ª Criar expectativas pode, o que não deve é ficar apegado a elas. Lide com a realidade como ela é. As coisas nem sempre saem como esperamos, e tudo bem. Frustre-se. E siga. Decepcionar-se faz parte do processo de viver.
6ª Pare de achar que você tem a solução para todos e para o mundo. Concentre-se na sua vida. Podemos fazer nossa parte, mas não iremos salvar o mundo de tudo. Mas fazer a sua parte é importante.
Tem um ditado japonês simples e maravilhoso sobre o qual gosto muito de meditar: “Se cair sete vezes, levante-se oito.” Maturidade é sobre isso.
Mas não posso finalizar sem a frase que amo, que representa muito sobre maturidade emocional, do Jeffrey Young: “Na tentativa de passar pela vida sem dor, negamos a oportunidade de mudar aquilo que nos prejudica.”
Karina Simões
Psicóloga Clínica Cognitivo-Comportamental; Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde - UFP - Universidade Fernando Pessoa em Portugal. Defendeu a sua dissertação com excelência e nota máxima sobre: “A interferência das redes sociais nos relacionamentos”. Especialista em Psicologia da Saúde, Desenvolvimento e Hospitalização – UFRN; Especialista pela Faculdade de Medicina do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP – SP. Foi professora da Pós-graduação em Psicologia – Terapia Cognitivo-Comportamental (Unipê). Há 20 anos atendendo na clínica a adolescentes, adultos, casais e famílias. Membro da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas - FBTC. Mantém o Blog próprio desde 2008. Mais informações: www.karinasimoes.com.br. Atendimentos com consultas presenciais ou online
