por Gilberto Coutinho
Traduz-se naturopatia como sendo a prevenção e o combate às doenças e a manutenção da saúde por meio de recursos naturais e tecnológicos eficazes, atóxicos e não agressivos, tais como: desintoxicação orgânica, nutrição orientada, remédios botânicos (fitoterapia), suplementação nutricional (fibras, vitaminas, minerais, enzimas, aminoácidos etc.), acupuntura, vida não sedentária, yoga, exercícios psicofísicos e respiratórios com finalidades terapêuticas e ortopédicas, massagens terapêuticas, hidroterapia, homeopatia, aconselhamento e modificação do estilo de vida, etc. Também abrange a terapêutica de prevenção do envelhecimento e tratamentos estéticos.
Complementar à medicina convencional alopática, a ciência da naturopatia, que cuida da pessoa num todo (tratamento holístico), surgiu de sistemas "alternativos" de tratamentos de saúde dos séculos XVIII e XIX, mas suas raízes filosóficas antecedem a escola hipocrática (cerca de 400 a.C.). O termo "naturopatia" foi utilizado em 1895 pelo Dr. John Scheel, de Nova York. Posteriormente, em 1902, nos EUA, Benedict Lust (1869-1945), imigrante alemão, passou a empregar o termo naturopatia. Fundamenta-se na filosofia do poder de cura da mãe natureza e na capacidade do organismo de se auto-renovar e se autocurar em condições adequadas.
Durante sua formação, os naturopatas são treinados a desenvolver diversas habilidades diagnósticas e terapêuticas, a encontrar a causa subjacente, em vez de tratarem ou suprimirem os sintomas das doenças, e a não esperar que ela progrida antes de instituírem as medidas preventivas e terapêuticas apropriadas.
Numa consulta, o aspecto emocional e os diferentes traços de caráter são também levados em consideração; além de ser interrogado, o paciente é submetido aos seguintes exames clínicos: físico, do corpo todo; tátil (palpação) do abdômen, da coluna vertebral e das articulações; observação da fala, da voz e da face; das unhas; do pulso (artéria radial); da língua; dos olhos (esclerótica, íris e pupila); da orelha etc.
Com o apoio, o incentivo e os inúmeros estudos científicos realizados pela O.M.S. – "Organização Mundial de Saúde" -, as Medicinas Tradicionais e Alternativas e a moderna Naturopatia, fundamentada em bases clínicas, bioquímicas e farmacológicas, tornam-se oficialmente reconhecidas fora de seus países de origem e aplicadas em quase todo o mundo.
A Portaria nº 971 do Ministério da Saúde, de 3 de maio de 2006, aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares e inclui a Medicina Tradicional Chinesa e Acupuntura, a Homeopatia, a Fitoterapia e a Crenoterapia (uso terapêutico interno ou externo das águas minerais com propriedades medicinais) no Sistema Único de Saúde (SUS). A hidroterapia ainda é utilizada por muitas culturas (hindu, chinesa, egípcia, grega, hebraica, assíria e persa) para tratar diversas doenças e lesões.
No combate e na prevenção de diversas enfermidades, a naturopatia tem demonstrado resultados terapêuticos enormemente efetivos e promissores