por Marcelo Toniette
“Meu marido adora sexo anal e eu detesto. Já tentei explicar várias vezes o quanto eu não gosto dessa modalidade sexual, mas ele continua me cobrando. Até que ponto isso pode deteriorar nossa relação?”
Resposta: De acordo com a sua mensagem, para você a questão sobre o sexo anal está fechada: você detesta. Para ter chegado a essa conclusão, imagino que você e o seu marido até tentaram, porém, a experiência não foi gratificante para você, pelo menos até o momento.
O sexo anal é uma modalidade em que o treino e a paciência (além de lubrificante e camisinha) são fundamentais para ser prazeroso e seguro para o casal. Por outro lado, deve ser respeitado quando uma das partes não tem disponibilidade para essa experiência. Aliás, nenhuma modalidade sexual é recomendada quando não existe o consenso do casal. Daí a importância de diálogo e de compreensão dentro do relacionamento para conhecer desejos, limites, sentimentos, entre outros.
Sua preocupação não se volta apenas para o sexo anal, mas para o risco que isso pode representar para a relação de vocês caso não seja feito. Realmente é desgastante quando um casal encontra um ponto frágil que torna-se central na relação, perdendo de vista várias outras formas de vivência afetiva e sexual.
O fracasso de uma relação não está relacionado unicamente ao realizar, ou não, sexo anal – ou qualquer outra modalidade sexual – apenas para preencher as expectativas e os desejos do seu marido. A recíproca é verdadeira no caso do seu marido com relação às suas expectativas. O sucesso ou o fracasso de uma relação está relacionado ao grau de envolvimento do casal em administrar a vida a dois, seja nos momentos de crise, seja nos momentos de felicidade e prazer. Boa sorte!
Atenção!
As respostas do profissional desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psicologia e não se caracterizam como sendo um atendimento