O que mata o homem não é o que entra pela boca, mas o que sai

Comunicar é vida que se move. Vibrações sonoras, escritas ou mentais – são forças de manifestação. Sejam ideias, imaginações, crenças, comportamentos ou sonhos.

Irradiamos o que somos; alegria, tristeza, saúde, doença, união e separação espelham nossa interioridade. Estados que espelham nossos ecos. Acontecemos na relação com o outro, mas a partir das palavras que uso, resgato a relação comigo.

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Antes de procurar um cardiologista

O que mata o homem não é o que entra pela boca, mas o que sai; a boca fala daquilo que o coração abunda. Uma reflexão a ser feita antes de procurar o cardiologista. Se meu coração pulsa de uma determinada forma, é provável que minha biografia esteja ilustrando esse pulsar. O coração é o órgão da oração, ele sustenta a prece permanente; e sendo uma prece é precisa. Porque é por precisão que o coração bate, o resto é coação.

Tolstói sabia, e no conto “Os Três Eremitas” nos abençoou com maestria a esse respeito. O personagem da história ao ensinar um mantra aos eremitas, de forma inusitada e retardada aprendeu outro com eles: “Vós sois três. Nós somos três. Tenha piedade de nós”.

Que a vida nos seja generosa e possamos aprender em tempo, não quando o tempo passou e menos ainda quando nos faltar. Enquanto houver tempo, vale pensar em sua qualidade: se apresenta refém do medo, consequência do viver em modo reprodutivo, ou senhor imbuído da coragem do viver produtivo?

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