Por Marta Relvas
Tais transtornos ocorrem quando o cérebro apresenta problemas para realizar o controle inibitório das emoções e dos sentimentos. Importante afimar que é natural em algumas situações, um indivíduo apresentar estados de humor diferentes do habitual, a princípio em problemas pontuais. Porém, existem casos em que a pessoa, por exemplo, pode se tornar muito triste e não voltar ao seu estado normal, apresentando-se persistentemente eufórico ou oscilar entre esses dois comportamentos, em um curto período durante o dia, podendo em muitos casos causar sérios prejuízos no seu cotidiano escolar, na vida, na família, nas amizades etc. Nesses casos, é importante reconhecer a intensidade e frequência que essas ocilações acontecem, pois existe a probabilidade que essa pessoa possa estar sofrendo de um transtorno de humor, do tipo depresssivo ou bipolar.
A escola é fundamental na identificação precoce de jovem quando apresenta transtorno de humor depressivo e/ou bipolar. Os educadores têm experiências e muitas oportunidades para perceber alterações no comportamento dos seus estudantes, podendo até identificar problemas nas fases iniciais do transtorno, muitas vezes antes da própria família.
Transtornos de humor: como a escola pode ajudar
No caso de “suspeita por meio da observação” em alguma alteração do comportamento do estudante, a escola e família deverão providenciar o mais rápido possível:
1 – Aproximação para uma conversa e dialogar sobre os problemas observados.
2 – Buscar ajuda com profissionais da saúde mental para que seja feita uma avaliação e, se necessário, um tratamento.
3 – Não aceitar rótulos e preconceitos, enfrentando prontamente o problema para um acompanhamento psicoterapêutico.
4 – Na escola é importante reservar um tempo para saber e perguntar: “como vocês estão?” Dessa maneira, abre-se a oportunidade para um diálogo.
5 – Se perceber que algo não vai bem com um estudante, dê preferência para uma conversar individualizada.
6 – Evite deduzir que um estudante quieto não tem problemas.
7 – Tente compreender a irritabilidade do seu estudante, esse comportamento pode ser um sinal de diversas situações que “coisas” não estão bem, podendo estar entre elas a tristeza ou até a depressão.