por Marta Relvas
Estudar a Neurociência aplicada à Educação, é fazer uma releitura das principais teorias da aprendizagem, mas também é reconhecer que é uma ciência que estuda a aprendizagem no contexto do processo químico, celular, anatômico, funcional, patológico, comportamental do sistema nervoso, evidenciando, assim, uma visão sistêmica e integradora do estudante.
Uma abordagem neurocientífica da aprendizagem compreende o entendimento da formação da inteligência, da emoção e do comportamento na interface no contexto escolar nas dimensões biológica, psicológica, afetiva, emocional e social.
As práticas pedagógicas do docente precisam ser repensadas, pois para garantir que as informações sejam transformadas em aprendizagem, as aulas devem ser emolduradas pela emoção, pois quando elas têm significado para a vida e vêm pelo caminho da emoção, jamais serão esquecidas.
Tudo indica que a aprendizagem está intimamente ligada à afetividade e ao desejo. É na sala de aula que o professor realiza suas tarefas cognitivas com seus aprendentes, mas também “escuta” seus parceiros e, por conseguinte, surgem laços que poderão afetar todas as partes envolvidas na aprendizagem. Aprender significa mudar de comportamento, por isso a informação para ser processada precisa ter coerência para o aluno. Os conhecimentos são construídos por meio da ação e da interação.
Aprendemos quando nos envolvemos ativamente no processo de produção do conhecimento.