por Gilberto Coutinho
Assim como no Yoga, no Budismo, a repetição de Mantras é muito importante. Buddha, estudou e praticou profundamente os ensinamentos libertadores do Yoga. Os mantras budistas, muitas vezes, evocam a energia e a proteção de um Buddha ou Bodhisattva (bodhi, "iluminação", sattva, "ser"; ser da iluminação) . Mantra é todo som "sagrado", que pode ou não ter um significado explícito, mas que dá à mente o poder de concentrar-se e transcender os estados comuns da consciência.
O mantra Mani: "Om Mani Padme Hum", originário da Índia, associado ao bodhisattva da compaixão (Avalokiteshvara), é um dos mantras mais conhecidos pelos yogues e usados no Budismo. Contém a essência de todos conhecimentos de Buddha e encontra-se disponível a todas pessoas que se sentem inspiradas a recitá-lo durante a meditação, pois não requer uma prévia iniciação.
Muitos budistas acreditam que esse mantra não pode ser traduzido numa única frase ou sequer em poucas sentenças. O "OM" simboliza a presença de todos os Buddhas e ajuda a alcançar a perfeição no exercício da generosidade; "MA" ajuda a atingir a ética; "NI", a alcançar a perfeição na prática da tolerância e da paciência; "PAD", na prática da perseverança; "ME", na prática da concentração; e "HUM", na perfeita prática da sabedoria. A palavra sânscrita "MANI" significa jóia e simboliza a compaixão; "PADME", flor de lótus, a flor que não se contamina com as impurezas do lago (vida); e "HUM" representa a mente iluminada.
No Tibete, sua pronúncia foi modificada pelo fato de ser difícil a pronúncia de alguns fonemas da língua sânscrita indiana pelos tibetanos, ficando: "Om Mani Peme Hung".