Por Andrea Lorena
Recentemente, li uma reportagem a qual informava que os filhos dos inventores do Google, Facebook e afins só permitem que os filhos usem smartphones ou celulares por tempo limitado. Também acompanhei um “barulho” na internet, pois as pessoas estavam quase que espantadas (e será indignadas?) por essa atitude.
Estudos recentes mostram que crianças até aos dois anos não deveriam ser expostas às telas, pois correm mais riscos de ocorrerem déficits no desenvolvimento neuropsicomotor. Outros estudos apontam na interferência das luzes dos smartphones no ciclo sono-vigília de adultos, uma vez que nosso cérebro, ao entrar em contato com tantas luzes, entende que não é hora de dormir.
Outra reportagem que li falava sobre a troca das relações presenciais pelas relações virtuais, e mais uma vez, o questionamento sobre o quão saudável são essas relações, uma vez que acontecem entre uma pessoa e um robô.
Diferenciar quanto é bom ou ruim depende muito mais do uso que fazemos com estas tecnologias. O ideal, obviamente, seria não pautar todas as nossas interações no mundo virtual, e sim, fazer uma mescla (com exceção das crianças abaixo de dois anos).
Era hiperdigitalizada
Vivemos num mundo altamente tecnológico e não temos como negar a sua influência. Porém, exageros podem trazer diversos malefícios, logo, gastar muito tempo diante das telas acaba sendo muito arriscado.
Crianças precisam brincar na terra, sentir a grama molhada, interagir presencialmente para que possam aprender a desenvolver vínculos sociais. De nada adiantar ter tecnologia de ponta senão houver contato pele-a-pele. O mesmo vale para o mundo dos adultos, somo seres sociais e precisamos nos relacionar afetivamente. Acredito ser muito frio apenas nos relacionarmos com máquinas, como naquele filme chamado Ela – Her em inglês, no qual a personagem principal se apaixona pela personagem do computador, que responde exatamente às suas necessidades.
Será que nos tornamos tão egoístas a ponto de termos somente amizades virtuais que atendam às nossas necessidades? E a nossa capacidade de lidar com a frustração, com o não, onde foi parar? Será que esquecemos o quão bom são as relações face-to-face?