Por Thaís Petroff
Amar de verdade significa saber, reconhecer e aceitar que as pessoas têm defeitos e virtudes, que os costumes provavelmente incomodam, que nem tudo é cor-de-rosa e que não vivemos em um conto de príncipes e princesas apaixonados.
Não, o amor verdadeiro é algo que vai além de amar as coincidências. Um amor sincero e verdadeiro é se apaixonar pelas diferenças com grande intensidade, ser tolerante com os erros e abrir as portas para a confiança.
Uma pessoa não pode dizer que ama o outro até que não conheça seus demônios, sua raiva, sua chateação e suas contradições. É necessário amar de verdade para compreender que em um relacionamento nem tudo é beleza; também há caos e, junto a ele, dinamite.
Resumindo, o amor é conviver cuidando de muitos detalhes, armando quebra-cabeças e montando castelos de sonhos e desilusões no ar. Se assumirmos isso, conheceremos o verdadeiro valor da permanência, veremos que há sentimentos que perduram, que não são de usar e jogar fora.
wp_posts para alimentar a ideia de uma relação saudável
Amar de verdade é um grande desafio. Por isso, para conseguir, temos que nos desfazer de todas aquelas ideias que nos impedem de sustentar a realidade. Para isso, devemos ter claras premissas que nos ajudarão a saber o que é e o que não é o amor verdadeiro. Vejamos…
1. Apaixone-se por você e pela vida, depois faça isso por quem você ama
Para amar sem dependência, é necessário que nos valorizemos primeiro. Isto é, para dizer “eu te amo,” primeiramente você deve saber dizer “eu me amo”. O amor-próprio e o conhecimento de si mesmo é a chave para gerar relações saudáveis.
Resumindo, para encontrar a pessoa adequada também devemos nos preparar para uma relação. Isso exige um trabalho interior, que pode acabar sendo difícil, mas que terá grandes benefícios.
“Se o amor fosse uma árvore, as raízes seriam seu amor-próprio. Quanto mais você se ama, mais frutos seu amor dará aos demais e mais sustentável será no tempo”. Walter Riso
2. Amar é querer sem condições nem exceções
É natural e normal que gostemos de tudo em nosso parceiro. No entanto, as diferenças tornam o amor bonito e completo. Se só amarmos aquilo que gostamos ou da forma como idealizamos, o carinho não poderá se sustentar por muito tempo, já que somos seres repletos de luz e sombra.
3. Amar não é precisar, é preferir
A dependência e o amor são tão incompatíveis que se os obrigarmos a coexistir, vão se destruir. Ninguém na vida tem a responsabilidade de completar o que falta para a gente. Por isso, preferir em vez de precisar tem como consequência direta outorgar mais valor à pessoa que amamos, pois a valorizaremos como ela é e não pelo que nos dá.
A resolução deste ponto está muito ligada ao primeiro; ou seja, precisamos trabalhar e cuidar de nós mesmos para não cairmos na “necessidade” de que alguém cure nossas feridas e elimine nossas carências. Por isso, a chave do amor verdadeiro está dentro de nós.
4. Ser o casal perfeito não significa não ter problemas, mas sim saber solucioná-los
Às vezes caímos no erro de pensar que para que o amor funcione, é necessário não ter problemas, não discutir, ser 100% compreendido e sempre estar à disposição do outro. No entanto, o amor é enfrentar o bom e o ruim sem nenhum tipo de anestesia. Ou seja, contemplar a realidade como ela é e resolver os problemas através do respeito, do compromisso e da estabilidade.
5. O amor não cresce do nada, o amor é construído
Para construir o amor é necessário formar uma equipe e estabelecer as regras do jogo. Para poder entrar em campo, deveríamos saber que é necessário comunicação, ouvir sinceramente e empaticamente, diálogos abertos e a eliminação de pretensões.
O amor será construído com as fundações de sustentação, do reconhecimento e do carinho verdadeiro. Através destas premissas construiremos algo melhor do que um amor: uma cumplicidade.
6. Para amar de maneira plena você deve estabelecer seus limites emocionais
Uma relação saudável não está fundamentada em jogos de poder nem em condições, mas sim em propósitos conjuntos, equilibrados e saudáveis. Assim, deveríamos nos desfazer da ideia do sacrifício ligado ao amor.
Há certas coisas que não devemos tolerar, como o abuso, a enganação, a manipulação emocional, os maus tratos ou a violação de nossos valores. Todos são baseados na falta de respeito e na falta de amor, razão pelo qual rejeitar tais coisas significa não exceder nossos limites emocionais.
7. Não se conhece o verdadeiro amor pelo que exige, mas pelo que oferece
O amor não é controle nem exigência, é liberdade e confiança. Apesar disso, a escravidão emocional é muito mais comum do que gostaríamos de reconhecer. De fato, é muito comum termos ideias errôneas sobre compromisso e relacionamentos.
Por isso é necessário eliminar vitimismos e censuras que tentam justificar más ações ou más palavras. Este tipo de comportamento nos mantém presos em uma espiral negativa que nutre nossa relação de obscuridade, desconfiança e falsas expectativas.
Do mesmo modo, se para estar ao lado de alguém você tem que sacrificar parte de você e de sua vida, então esse amor está lhe diminuindo. O amor é baseado no respeito e no crescimento individual de cada um dos membros do casal.
8. Se o amor aperta, não é do seu tamanho
Se o amor dói, significa que não é amor, que estamos confundindo sentimentos e que estamos nos destroçando. Ou seja, se estivermos nos afogando, é hora de sair da água. Não somos nós que devemos mudar para combinarmos com nosso parceiro; talvez ainda não tenhamos encontrado um sapato do nosso tamanho. No caso da relação causar angústia, o melhor é deixar ir.
Se um membro do casal veta uma parte do outro, é hora de dizer adeus e deixar ir. Ou seja, é o momento de restabelecer prioridades e compreender que, se algo nos faz sofrer, é hora de renunciar.
Estas wp_posts fundamentais formam uma relação saudável e duradoura. Por isso, é o momento de nos desfazermos de todas aquelas ideias que contradizem valores como a liberdade, a confiança e o cuidado de si mesmo.
Fonte: www.thaispetroff.com.br