Óleo de soja, canola, milho e algodão são iguais?

por Patricia Davidson Haiat

Será que óleo de soja, canola, milho e algodão são todos iguais? Muitas pessoas têm dúvidas e até um “preconceito” em relação aos os óleos vegetais. Por conterem gorduras a ideia é que sempre façam mal.

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Mas não é bem assim, os óleos sendo utilizados de maneira e quantidades corretas podem trazer benefícios à saúde. Um exemplo é o óleo de canola vindo das gorduras monoinsaturadas presentes no azeite de oliva ou polinsaturadas que podem ser encontradas no óleo de girassol, milho e soja.

O grande problema é quando esse óleo é submetido a altíssimas temperaturas como nas frituras. O azeite extra-virgem que tem uma gordura de ótima qualidade, mas deve ser utilizado somente a frio, isto é, na comida já pronta ou na salada, quando utilizado a altas temperaturas como nas frituras que a temperatura chega a 200 graus, sofre um processo de oxidação e acaba saturando, o que o torna nada bom para a saúde por que vai ajudar na maior formação de radicais livres no organismo. Além disso, aquela fumaceira que a fritura faz com qualquer tipo de óleo na cozinha não é provocada apenas pelo aquecimento do óleo, mas também da decomposição que produz um composto chamado acroleína, que agride muito a mucosa do estômago e seu contato frequente com o organismo pode levar ao câncer. Com isso, todos os benefícios vão por água abaixo.

Esse processo é bem acelerado no caso do azeite de oliva que não “aguenta” temperaturas, mesmo pouco elevadas, e por isso novamente vale a dica utilizá-lo somente a frio. Com isso você irá aproveitar todos os benefícios, principalmente para a saúde cardiovascular, da gordura monoinsaturada e dos antioxidantes do óleo. Se for fazer alguma preparação em que a temperatura seja mais elevada, dê sempre preferência a óleos como soja ou canola que tem mais resistência, mas lembrando que seja com qualquer tipo de óleo esse processo vai diminuir e muito suas propriedades.

Ah… e nada de reaproveitar o óleo, utilize-o somente uma vez! Uma gordura oxidada vai piorar os níveis de radicais livres no organismo, o que pode aumentar os níveis do colesterol total e LDL (colesterol ruim)!

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Hoje temos no mercado outros tipos de óleo como o de coco que traz vários benefícios, inclusive na diminuição do colesterol e pode ser utilizado quente também. Ele fica ótimo em prato com peixe por exemplo.

E com relação à presença de vitaminas nos óleos vegetais, todos os óleos são ricos em vitamina E, por exemplo que é importante no combate aos radicais livres e envelhecimento das células e contribui para as defesas do organismo. Mas podemos dizer que todos os óleos, se utilizados da maneira e medida certa, trazem muitos benefícios por seu conteúdo de gordura mono ou polinsaturados. Os óleos de girassol e de soja ricos em ômega-6 (ácido linoleico). Essencial para um crescimento e desenvolvimento saudável do organismo, o ácido linoléico desempenha também um papel importante na redução de risco de doenças cardiovasculares e do colesterol, função vascular e sistema imunitário. Os de milho também têm vitamina A que contribui para o reforço do sistema imune e é benéfico para a visão. O óleo de canola além de gordura polinsaturada também tem a monoinsaturada e ômega 3 e o azeite de oliva além de rico em gordura monoinsaturada e cheio de antioxidantes.

Lembrando sempre! As frituras devem ser evitadas ao máximo! O azeite deve ser utilizado a frio, em comidas já prontas ou saladas e os outros óleos vegetais utilize-os com moderação. E deixe o óleo o mínimo possível refogando, por exemplo. Se vai refogar alho e cebola deixe o óleo esquentando o mínimo e aproveite o líquido que a própria cebola libera no fogo.
 

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