Por Ângelo Medina
Gosto muito da filosofia do Oriente por considerá-la superavançada. Diferentes correntes espirituais, do outro lado do sol poente, consideram que a percepção da realidade que nos cerca é totalmente ilusória (fictícia!). Uma das razões é que esta visão é limitada pelas nossas crenças e na maioria das vezes toda crença é limitante (saiba mais) e individualizada. Esse inclusive é um dos pilares de uma terapia breve, muita em voga na Psicologia atualmente: a TCC (Terapia Cognitvo Comportamental) que visa, num primeiro momento, dissolver essas crenças, em geral, vindas de nossa infância e educação.
Outro fator que nos faz ter uma percepção ilusória dos acontecimentos, é que por estarmos presos aos nossos cinco sentidos, isso nos dá a sensação de estarmos separados do Universo. Essa é uma das razões pelas quais os orientais não sofrem, como nós ocidentais, quando ‘perdem’ um ente querido. Eles compreendem que o ente que partiu está unido a nós e ao próprio macrocosmo, justamente por não possuir mais os cinco sentidos do corpo físico, mas os seus outros três corpos continuam mais vivos do que nunca!: o espiritual, o mental e o emocional – sobre este aspecto pretendo adentrar em um futuro post.
Mas voltando às crenças que nos fazem tanto sofrer… Qual seria um possível caminho para poder se libertar delas?
É preciso que cada um utilize seu próprio processo criativo num sentido de “sair de si mesmo” e voar alto como uma águia para poder ver o todo. Estar sentado na sala de estar com a porta entreaberta, apenas te trará uma visão limitada do mundo.
Outro ponto é que o nosso ego é um jogador incansável e que a tudo quer controlar, para assim poder se livrar desse sofrimento. Ele sempre dá um jeito de nos açoitar: somos conduzidos automaticamente pelos nossos pensamentos e condicionamentos, seja por culpa em relação ao passado ou pela ansiedade, desejo, medo… ou seja lá o que for…
Verdade Interior: busque nas profundezas do seu ser, com visão ilimitada, 'A PERGUNTA' e liberte-se!
Então ao invés de se perguntar: como alivio meu sofrer em relação a isso, pergunte-se: qual pode ser a causa desse sofrimento.
E, paradoxalmente, ao descobrir as verdadeiras causas do sofrimento, você dará um passo adiante para descobrir as verdadeiras causas da felicidade: tudo aquilo que dá um real sentido à sua vida. Em geral isso não é palpável e não está preso aos desejos que satisfazem os cinco sentidos.