por Eliana Bussinger
A primeira razão para a necessidade de educar-se financeiramente repousa em saber aproveitar as oportunidades que o mercado financeiro oferece, tanto no mercado de renda fixa quanto no mercado de renda variável. Oportunidades que, não raro, são passageiras.
Bom exemplo são as rentabilidades diversas das dúzias de produtos e serviços oferecidos, assim como os impostos e as taxas que os acompanham.
É muito comum as pessoas ficarem surpresas com rendimentos menores do que o esperado, cobranças de taxas de administração ou taxas de carregamento, IOF e tantas outras coisas que muitos sequer imaginam que existam.
A pessoa que desconhece o mercado pode não estar fazendo uso ótimo do seu dinheiro – e sequer sabe disso.
Além disso, a falta de entendimento dos mecanismos da indústria financeira – a chamada alfabetização financeira – acaba por dificultar muitas das decisões financeiras que são tomadas do lado do crédito.
Por desconhecerem o efeito perverso de dívidas com juros excessivos, muitas pessoas gastam excessivamente sem se preocupar com o futuro e sem compreender o quão vulneráveis estarão se não se precaverem. A educação financeira não soluciona tudo. É óbvio!
Mas certamente ajuda em muitos casos.
Benefícios da educação financeira
As pessoas que são educadas financeiramente:
• Beneficiam-se com o mercado financeiro
• Fazem uso produtivo e eficiente de produtos e serviços, ao invés de sofrer com eles
• Demandam da indústria financeira ações mais confiáveis
• Adquirem os produtos e serviços que são mais convenientes ao seu perfil
• Buscam equilíbrio na administração concomitante do presente e do futuro
• Fazem orçamentos, acompanhando com afinco despesas e receitas
• Não se sentem pressionadas a adquirir produtos e serviços que não lhes convém
• Ficam fora de dívidas
• Pensam no futuro
• Previnem-se, investindo rotineiramente porque sabem que a verdadeira liberdade financeira se conquista com estratégias de longo prazo, visão de futuro, estabelecimentos de objetivos, disciplina e dedicação.