Por Eduardo Yabusaki
É natural que os pais tenham preocupações com quem os filhos andam ou como estão se relacionando com outros jovens, adolescentes e grupos, isso faz parte do processo de cuidado e amparo aos filhos.
Porém, é preciso pensar também que filhos crescem, se desenvolvem e precisam explorar o mundo, seus afetos, relacionamentos… e namorar faz parte desse processo de descoberta e crescimento.
Mais do que censurar ou proibir que um filho namore, por mais que considerem que ele seja jovem ou despreparado, é importante saber que quando os sentimentos, afetividade e paixão afloram, é impossível segurar ou conter esses impulsos e volúpia. Portanto, querer impedir, será certamente uma fonte geradora de conflito e estresse.
Não aprovam o namoro? Saibam como lidar com a situação:
1. Vocês como pais que conhecem profundamente seus filhos observem e avaliem como ele(a) está emocionalmente. Ou seja, se afetivamente pode viver bons sentimentos e uma troca positiva numa paquera ou namoro.
2. Mesmo que considerem que ele(a) ainda seja muito jovem ou imaturo(a), pensem que em algum momento ele(a) se apaixonará e destinará seus sentimentos para alguém que irá conhecer. Isso não estará no controle de vocês, nem dele(a) próprio(a).
3. Se sentem que o par por quem seu filho(a) está interessado possa não ser alguém que lhes agradem, procurem orientá-lo(a) sobre as suas impressões. Porém, não façam disso o fator decisivo. Afinal, vocês só o(a) conhecem de forma parcial. Quem conhece e tem proximidade e, consequentemente, conhecerá profundamente será seu filho(a).
4. Lembrem-se que esse envolvimento afetivo, emocional e sexual faz parte do processo de autoconhecimento e desenvolvimento de todo adolescente e, portanto, muito importante para suas construções e elaborações sobre o relacionar-se. Deixe que isso transcorra da forma mais tranquila e serena possível e assim a experiência possa ser positiva e prazerosa.
5. Se perceberem riscos emocionais ou mesmo quanto a segurança de seu filho(a), alerte, oriente e se avaliar e considerar que seja necessário, intervenha de forma inibidora ou proibitiva sim, sabendo de suas consequências e reações, que devem ser devidamente esclarecidas e ponderadas.
Como pais, devem saber que o melhor caminho é o do ensinar, orientar, conversar, apoiar, amparar… Enfim, manterem-se acessíveis através do diálogo.