por Blenda de Oliveira
Depoimento de uma leitora:
“Tenho uma filha de 12 anos e sou separada e o pai dela não a educa. A educação e só por minha conta. Brigo muito com meu atual: o padrasto dela, por causa da minha filha. Ele sempre a apoia nas ações erradas. Pelo menos eu acho errado. Exemplo: ela não toma café da manhã, mas “tá” lá na escola dela com um pirulito na boca. Eu digo: “joga fora esse pirulito que você ainda não tomou café dá manhã”. Aí ele acha ruim e diz: “Deixa a menina.” Ou ela fala de namorados e eu digo ainda não ser a hora. Ele diz “Deixa ela namorar, ensina só a não pegar um bucho. E outras coisinhas… Sinto-me sozinha na educação e o apoio que acho que eu deveria ter não bate com os meus conceitos. Ajude-me a entender?”
Resposta: Pelo que contou, brevemente, parece-me que tem bastante razão no que traz como incômodo.
Não é possível educar de modo tranquilo em meio a mensagens tão diferentes entre você e seu marido.
Como padrasto ele precisa lhe ajudar ou não atrapalhar. Melhor seria se ele apenas se mantivesse na posição; “escute sua mãe, ela tem razão.” Se houvesse algo que ele discorda, deixasse para falar quando estivesse a sós com você, nunca na frente dela, desautorizando suas ordens e recomendações.
Sugiro que parem, conversem e acertem os limites que devem ser respeitados quando o assunto é a educação da sua filha. Essa é uma tarefa da qual você não deve abrir mão.
Portanto, seu marido precisará aprender a respeitar e apoiar. Quando discordar, conversar com você para que juntos avaliem a melhor saída.
Educar requer trabalho, deixar para lá, não se contrapor às vontades da criança é um caminho fácil, mas com consequências difíceis de lidar no futuro.
Boa Sorte!
Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.