Pais devem interferir no namoro dos filhos?

por Anette Lewin

"Minha filha namora um rapaz há quase dois anos, ele agora reside em outra cidade e só se encontram a cada 45 dias, o rapaz é ciumento e controlador. A relação deles entrou numa constante de termina/volta. Nossa postura tem sido de aconselhamento e muita paciência, pois achamos que só eles têm condições de resolver se devem ou não terminar o namoro. Ficamos em dúvida se devemos ou não intervir no relacionamento no sentido de acabar com o namoro ou não."

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Resposta: Vocês têm agido de uma maneira sensata, aconselhando, explicando, conversando e refletindo com ela sobre esse namoro. Obrigá-la a qualquer decisão, porém, seria tirar dela a possibilidade de aprender a se tornar responsável pelos seus atos. Acredito que seja melhor ela levar esse namoro até onde ela achar que agüenta e, se for o caso, terminar. A decisão deve ser dela. Vocês, pais, devem continuar dando todo o apoio, como têm feito até aqui; ouvi-la quando ela quiser conversar, conversar sobre prós e contras, mas evitem assumir uma decisão que ela já pode e deve tomar por ela mesma. Como diz o ditado, é melhor ela se arrepender do que fez, do que tentou, do que não tentou. Tentar, em geral, melhora a auto-estima da pessoa a médio prazo, mesmo que ela sofra um pouco no momento da turbulência.

Meu relacionamento está um caco, mas eu o amo
Sei que não suportarei viver sem ele, estou desesperada

Resposta: Você já parou para pensar que talvez seu relacionamento esteja um caco porque você, ao invés de viver os acontecimentos, tenta adivinhar o que vai acontecer e sofrer por antecipação? Ninguém, depois de adulto, depende de alguém para viver. Portanto, essa história de "sei que não vou conseguir viver sem essa pessoa" é uma fantasia da sua cabeça que causa um sofrimento atroz em você e não te ajuda em nada. Se o relacionamento tiver que acabar, vai acabar e você vai sobreviver sim! Agora, se você quer ter alguma chance de preservar esse relacionamento, tente entender o que não funciona e mudar sua forma de agir.

Atenção!
As respostas do profissional desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psicologia e não se caracterizam como sendo um atendimento

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