por Anette Lewin
"Minha filha está apaixonada por um rapaz e pelo jeito ele também está, mas é muito tímido. Quero ajudar e não sei o que fazer."
Resposta: Bem, o ideal seria que os dois jovens se entendessem sem interferências externas, já que se "escolheram" sem interferências externas, mas cada caso é um caso.
O primeiro aspecto a ser levado em conta é se a filha de vocês realmente quer que vocês façam alguma coisa. Tentem entender se quem está ansiosa é ela ou são vocês. Jovens apaixonadas transitando entre a euforia e a tristeza constituem a regra e não a exceção. Às vezes, a jovem pode estar pronta para sonhar, mas não para concretizar um namoro. O mesmo raciocínio é válido para o rapaz. Se ele não consegue se aproximar, talvez seja por timidez, mas pode ser por imaturidade.
E jovens só devem namorar quando estiverem prontos para assumir o namoro como um todo, desde a iniciativa até a responsabilidade pelo que fazem a sós. Assim, se depois de várias conversas chegarem à conclusão que ela realmente aprova a interferência de vocês para um "empurraozinho" e entende quais as responsabilidades de um namoro, tentem…
Vocês pais, podem por exemplo, promover uma festinha, uma comemoração para que ela convide, entre outros, o rapaz. Isso para não criar uma situação constrangedora de convidar apenas o rapaz e ambos ficarem sem ter o que falar. Ou podem tomar qualquer outra iniciativa para aproximá-los que julguem cabível, lembrando sempre que uma tentativa é apenas uma tentativa e não significa, necessariamente, sucesso.
Existem, até hoje, sociedades em que os namoros e casamentos são arranjados, mas na nossa sociedade, em geral, os jovens escolhem seus parceiros livremente. Então, lembrem-se que qualquer ajuda de vocês pode ser válida, mas não deve ser carregada de expectativas muito altas porque, afinal, os responsáveis pela continuação do namoro serão eles. Sem a presença de vocês nos próximos passos.